No banco dos réus
Julgamento do traficante Paulão já dura mais de onze horas
Ao longo dos debates entre acusação e defesa, Paulão negou qualquer envolvimento em crime
O traficante Paulo Ricardo Santos da Silva, o Paulão da Conceição, 53 anos, voltou a sentar nesta quinta-feira no banco dos réus, na Capital. O julgamento que começou por volta das 10h15min virou a noite e deve entrar madrugada a dentro.
Acusado de oferecer R$ 20 mil para quem tivesse a coragem de executar, dentro do Presídio Central, Adão Jorge da Rosa Pacheco, 53 anos, um de seus maiores desafetos, ele sentou ao lado de Márcio Fernando Tavares Dutra, 33 anos, o homem que teria aceitado a proposta.
Ao longo de mais de onze horas de debates entre acusação e defesa, Paulão negou qualquer envolvimento no crime consumado no dia 19 de setembro de 2007, no corredor de acesso à enfermaria da casa de detenção. Já Márcio confirmou a autoria.
- Na angústia da morte acabei matando ele em legítima defesa. Peguei a faca da mão dele e fui golpeando até ele parar. A gente era de facções diferentes e ele ia me matar - defendeu-se o homem que cumpre pena por assalto.
Na parte da manhã, duas testemunhas foram ouvidas. A tarde foi toda destinada à acusação de homicídio qualificado por motivo torpe, sob argumentos do promotor de justiça André Martinez. A defesa teve espaço já no começo da noite.
A previsão é que os sete jurados se reúnam na sala secreta para a votação por volta das 3h da madrugada. Só então deve ser conhecido o veredicto.