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Tiroteio no Sarandi

Homem que morreu em quadra de futebol passaria primeiro Natal com a filha

Maurício Francioni Whahlbrink, 28 anos, era casado e pai de um bebê de oito meses. Planos de final de ano foram interrompidos pela violência

05/12/2014 - 17h56min

Atualizada em: 05/12/2014 - 17h56min


Cristiane Bazilio
Cristiane Bazilio
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Reprodução / Arquivo pessoal
Rapaz foi atingido por um tiro na cabeça a morreu no local. Sonhava em ser arquiteto

Ao contrário de muitas das vítimas que eram frequentadoras assíduas da quadra MCM Esportes, esta era apenas a terceira vez que Maurício Francioni Whahlbrink, de 28 anos, jogava futebol naquele local. Aceitou o convite de amigos que moram no bairro e decidiram bater uma bolinha depois de um dia longo de trabalho. Não imaginava que seria a última partida que jogaria. Durante o tiroteio, foi atingido por um disparo na cabeça e morreu no local.

Na manhã seguinte à tragédia, o clima era de revolta e consternação na casa onde Maurício morava com a família, localizada nos fundos de uma ferragem da qual ele era dono, no Bairro Rubem Berta. Amigos e familiares choravam a morte do rapaz descrito por todos como trabalhador, pacífico e sem inimigos.

- Ele era incapaz de fazer mal a alguém. Nunca se envolveu em briga ou discussão. Era um guri meigo, extremamente carinhoso e apaixonado pelo pai. Eram grandes companheiros, não faziam nada um sem o outro. O tio está inconsolável, destruído - relatou Raquel Lomando de Assis, 37 anos, prima de Maurício.

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Ela lembra que, horas antes do fatídico jogo de futebol, viu o primo trabalhando e sorridente.

- Era por volta das 17h30min, ele estava na loja, como fazia todos os dias. Acordava cedo, abrir a ferragem pelas 8h e só fechava à noite. Passei por ele e abanei, ele sorriu. É inacreditável que isso tenha acontecido - lamentou.

Maurício nasceu na casa onde morava e cresceu nas ruas do Rubem Berta. Gostava de desenhar e pretendia fazer faculdade de Arquitetura, conforme os familiares. Casado e pai de uma menina de oito meses, fazia planos de passar o primeiro Natal com a filha na praia de Magistério, onde costumava veranear com a família. Planos que foram interrompidos pela violência.

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