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Polícia identifica dois suspeitos de atear fogo em ônibus durante protesto na zona sul de Porto Alegre

Coletivo da linha Orfanotrófio foi incendiado na Vila Cruzeiro após morte de suspeito de tráfico de drogas

23/12/2014 - 11h35min

Atualizada em: 23/12/2014 - 11h35min


Cid Martins
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A 20ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre já identificou dois suspeitos envolvidos em protesto na noite de segunda-feira (23) que terminou com um ônibus incendiado na Vila Cruzeiro, zona sul da cidade. O trabalho agora é fazer o reconhecimento fotográfico com testemunhas e funcionários da empresa do coletivo.
O motivo dos protestos é a retaliação à morte de um jovem suspeito de tráfico de drogas. Ele foi baleado nesta segunda-feira por brigadianos após confronto. Um inquérito no Departamento de Homicídios apura o caso, bem como uma sindicância na Brigada Militar.


Ônibus é incendiado na Vila Cruzeiro, em Porto Alegre

O delegado Regional de Porto Alegre, Cléber Ferreira, afirma que são pelo menos cinco pessoas envolvidas no protesto, que teve vias bloqueadas e incêndio do ônibus da linha Orfanotrófio. Por enquanto, apenas dois foram identificados, mas ainda está sendo apurado o envolvimento deles. Por isso testemunhas irão depor e fazer reconhecimento fotográfico.
A polícia não revelou ainda os nomes e se são traficantes. Além disso, imagens de câmeras de segurança estão sendo requisitadas, caso tenha algum equipamento na região. O crime em que os envolvidos devem ser enquadrados, por enquanto, é de incêndio, artigo 250 do Código Penal, com pena de três a seis anos de prisão. Como se trata de transporte coletivo, pode ter aumento de 1/3 da pena. O inquérito tem 30 dias para ser concluído.

Morte de jovem
Já a 6ª Delegacia de Homicídios apura a morte de Bruno Queiroz Galvão Campos, 18 anos. Apesar de não ter antecedentes criminais, ele era suspeito de tráfico de drogas. O caso está sendo apurado pela delegada Andréa Mattos. Segundo ela, PMs estavam fazendo patrulhamento de rotina e viram dois jovens armados na Vila Cruzeiro. Eles fugiram e, durante a perseguição, Bruno deu dois tiros contra a guarnição. Os policiais revidaram e balearam o jovem. Ele morreu no HPS e o segundo jovem conseguiu fugir. Os brigadianos apreenderam um revólver calibre 38 e cápsulas deflagradas da mesma armas. A delegada Andréa vai agora começar a ouvir testemunhas, os PMs e familiares do jovem que morreu. Ela trabalha com a hipótese de legítima defesa. Já o 1º Batalhão da Brigada Militar, que apreendeu as armas dos brigadianos envolvidos na ocorrência, instaurou sindicância para verificar a atuação dos policias. O comando informou que apenas é um procedimento padrão.


* Rádio Gaúcha


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