Nas ruas, chacinas, execuções, assaltos, latrocínios, corpos carbonizados e outras cenas de horror e barbárie, a qualquer hora do dia, perante inocentes "plateias", que incluem crianças. Não quero e sei que não estou sendo sensacionalista. Apenas relato uma realidade local que não pode ser mascarada ou banalizada.

Por outro lado, admito que sou insistente e vejo a necessidade de ser repetitivo. Estamos vivendo tempos difíceis com o recrudescimento da criminalidade. Além do ataque a problemas sociais, necessário em qualquer combate à violência, para começar a mudar essa realidade são precisos investimentos em segurança pública.

Não há como enfrentar uma situação como essa sem um sistema de Justiça criminal - que inclui as policias, o Ministério Público, o Judiciário e o sistema penitenciário - funcionando a pleno.

No entanto, surpreendentemente, o que vemos e ouvimos é que, depois do corte nas horas extras de policiais (civis e militares), agora, as restrições atingem também as verbas para o combustível de viaturas.

Leia a coluna Boletim de Ocorrências Arquivo de 25/4

São de conhecimento público as dificuldades enfrentadas pelo Estado, devido ao desequilíbrio no caixa. Todos sabemos que há uma nada desprezível diferença entre o que se arrecada e o que se gasta.

Mas, convenhamos: o déficit não pode se refletir em uma área tão sensível quanto a segurança pública. Não são apenas bem materiais que estão em jogo. São vidas que correm risco.