Crime chocante
Polícia do Ceará conclui que gaúcho assassinou filha para simular assalto
Investigação afirma que Marcelo Barberena Moraes, 37 anos, tinha uma amante em Porto Alegre
A Polícia Civil do Ceará concluiu que o gaúcho Marcelo Barberena Moraes, de 37 anos, matou a filha de oito meses porque queria simular um assalto dentro da casa de veraneio da família, em Paracuru, litoral do estado. A criança e a esposa, Adriana Moraes, de 39 anos, foram mortas na madrugada de domingo, dia 23. As informações são do portal G1.
A mulher foi assassinada pelo marido depois de uma discussão. A responsável pelo inquérito, delegada Socorro Portela, afirmou que logo após ter atirado em Adriana, ele disparou contra a filha. Ele pensou que agindo assim ficaria mais fácil suspeitarem de um assalto.
- No momento da discussão, ele disse que perdeu a cabeça e efetuou o disparo. Então, ele pensou: 'Qual pai mataria sua própria filha?' Já que todo mundo falava que ele era um homem educado, amoroso com a família. Então, ele resolveu matar a pequena Jade para sustentar que, naquela hora, havia ocorrido um roubo - explicou a investigadora.
Foto: Reprodução / Facebook
Portela afirma também que Marcelo sentia raiva da esposa porque gostava de uma ex-colega de trabalho, em Porto Alegre.
- Ele estava apaixonado por uma ex-colega de trabalho. Ele chorava por essa moça, ele planejou morar em Porto Alegre com essa amante e ele passou a ter muita raiva da Adriana - explica a investigadora.
A jovem era amante de Marcelo desde fevereiro deste ano. Ela foi ouvida duas vezes pela investigação. O caso foi descoberto após depoimentos de outras testemunhas.
- Pelos relatos que colhemos, descobrimos que Marcelo tem um caso extraconjugal com uma colega de trabalho e que ele era uma pessoa que não gostava de ser contrariado - afirma a delegada.
O inquérito foi concluído nesta terça-feira e ouviu mais de 60 pessoas. Além da reconstituição, o gaúcho foi interrogado seis vezes. Marcelo continua preso no Ceará.
Foto: Reprodução / Facebook
Inicialmente, o homem negou o assassinato e sugeriu que a casa havia sido arrombada e o homicídio cometido por um terceiro. O assalto foi descartado pela polícia logo depois do crime, já que não havia sinais de arrombamento na residência. A delegada não acreditou na história contada pelo suspeito porque ele se mostrou frio e desconfiado quando foi levado à delegacia.
Menos de 24 horas depois, ele confessou o crime à Polícia Civil e revelou que costumava brigar com frequência com a mulher.
- Ele chorou e disse que estava arrependido. Falou que teve uma discussão banal com a mulher antes de dormir e que atirou nela depois que se deitou - contou a delegada.
* Diário Gaúcho