O  delegado Marco Guns, titular da Homicídios de Canoas, mostrou que sua preocupação vai além da já difícil tarefa de investigar assassinatos e prender seus autores.

Salutar sua iniciativa de encaminhar ao Ministério Público e à Assembleia Legislativa a proposta de debate sobre a criação de medidas jurídicas que realmente punam autores de crimes hediondos que, mesmo presos, sigam agindo da mesma forma.

Explicando melhor, o delegado Guns propõe que presos já condenados por crimes hediondos, quando denunciados por novos delitos dessa gravidade, cometidos dentro do cárcere, sejam automaticamente transferidos ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) em presídios federais.

Protegido

A preocupação do delegado faz sentido. Basta ver a ousadia do traficante Letier que, de dentro do Presídio Central, comandava assassinatos no Bairro Guajuviras, em Canoas, segundo as investigações.

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O ideal seria que o Estado, enquanto instituição, assumisse o seu papel na execução das penas. Em vez disso, de certa forma, colabora com os delitos praticados pelos presos, garantindo-lhes a devida proteção. Letier, segundo a polícia, mandava matar inimigos e, por estar preso, não corria qualquer risco.