Sul do Estado
VÍDEO: vereador agride policial após acidente de trânsito e é detido
Éverton Clarão, de Camaquã, diz que foi provocado pelo policial: "Enfiou um flash na minha cara"
O vereador Éverton Izidoro Pogozelski (PSB), da cidade de Camaquã, conhecido como Éverton Clarão, foi detido por desacato e lesão corporal na madrugada do último domingo.
De acordo com a Brigada Militar, ele estava embriagado e discutiu com os policiais, chegando a agredir um deles com um soco no rosto. Um vídeo que mostra o incidente, gravado por um policial, foi divulgado nas redes sociais.
Clarão estava em uma festa no Centro da cidade quando a Brigada Militar foi chamada até o local para atender uma ocorrência de trânsito. Lá, os policiais encontraram o veículo da namorada do vereador colidido em um poste de luz e o político om a chave do carro nas mãos.
O conflito iniciou quando um dos policiais alertou que Éverton seria preso caso conduzisse o carro, por estar visivelmente bêbado. O vereador negou que estava dirigindo e e se descontrolou, atingindo o olho de um dos policiais com um soco.
Segundo o vereador, o carro envolvido no acidente era dirigido por sua namorada, que lhe chamou de dentro da festa para que a ajudasse na remoção do veículo depois do acidente.
– Quando eu cheguei a Brigada já estava lá. Eu fui de sangue frio, fui tranquilo pois eu tinha bebido mas não estava dirigido. Fui só tentar ajudar ela. Eu não tenho nada a esconder, sou vereador, sou comerciante – relatou Clarão.
O político afirma que ficou muito irritado pois o policial começou a filmá-lo com o celular e lhe agredir com palavras, mas diz que nunca teve a intenção de agredir o PM.
– O soldado se aproveitou que eu sou uma pessoa pública, enfiou um flash na minha cara, começou a gritar e me empurrar. O vídeo que está circulando nas redes sociais está cortado, pois eu apenas quis tirar o celular da minha frente – conta.
Após o ocorrido, todos os envolvidos foram encaminhados para a Delegacia de Polícia. De acordo com a BM, Clarão se recusou a realizar o teste de bafômetro ou qualquer exame clínico que identificasse embriaguez. No entanto, o parlamentar diz que não lhe foi pedido nenhum exame.
– Não me pediram o teste do bafômetro e eu nem teria porque fazer pois estava a pé. Foi tudo um baita erro, eu apenas fui tentar ajudar – argumenta.
Um exame clínico constatou que o olho do policial agredido sofreu uma luxação, mas o PM já passa bem.
* Diário Gaúcho