Sistema prisional
RS terá tratamento para presidiários viciados em drogas
Estado pretende lançar novo programa em março
O coordenador de Saúde Mental do Estado, psiquiatra Luiz Carlos Illafont Coronel, disse que o Rio Grande do Sul passará a tratar dependentes químicos também em presídios. A previsão é de que a partir de março os presos receberão profissionais especializados e poderão deixar a cadeia para tratamento em centros especializados.
De acordo com Coronel, cerca da metade dos detentos do Presídio Central são dependentes químicos e a intenção é que a assistência seja levada para outros presídios do Estado. A iniciativa inédita busca combater a insegurança nas ruas.
"Temos que tratar também uma população que dá reflexo imediato. Tratando isso alivia um pouco os assaltos", defende o psiquiatra.
Conforme o psiquiatra, o foco da política de saúde mental do Estado será capacitações para ampliar atendimentos."Nós temos 1,5 mil leitos de saúde mental, mas são falsos, porque não têm resolutilidade. Metade não são ocupados pela população porque não tem ninguém especializado para atender. Temos uma rede que tem CAPS (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas) infanto-juvenil que não tem nenhum especialista em crianças", destacou. Segundo Coronel, o Estado tem uma lista de 100 pessoas permanentemente aguardando leito para tratamento e Porto Alegre enfrenta a maior dificuldade entre os municípios.
O fechamento de leitos no Hospital Parque Belém também é questionado pelo psiquiatra."É repassado paro o Parque Belém o mesmo valor de quando eram ocupados os leitos", argumentou. Sobre os atendimentos no Hospital São Pedro, Coronel defende que seja mantidos onde estão e que, a partir do ano que vem, espera renovar, qualificar e ampliar funções de reabilitação.
* Rádio Gaúcha