Polícia



Tráfico de drogas

Seis traficantes são presos por expulsarem moradores de casa em bairro de Viamão

Operação da Polícia Civil também apreendeu R$ 4 mil em dinheiro e fardas da Brigada Militar e do Exército

07/06/2019 - 08h31min


Bibiana Dihl
Bibiana Dihl
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Polícia Civil / Divulgação
Polícia apreendeu R$ 4 mil em dinheiro, radiocomunicadores e fardas da Brigada Militar e do Exército, entre outros objetos

A Polícia Civil prendeu, nesta quinta-feira (6), seis pessoas suspeitas de expulsarem moradores de casa e usarem os locais para o tráfico de drogas, no bairro Promorar, em Viamão. A operação Nova Cracolândia, deflagrada no começo da manhã, cumpriu cinco mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva.

Além da pessoa presa com ordem judicial, outras cinco foram detidas em flagrante. Todas foram presas pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas e receptação.

Segundo a delegada Marina Dillenburg, titular da 1ª Delegacia de Polícia de Viamão, os suspeitos integram uma facção que atuava em outros bairros e "se mudava" de tempos em tempos. No Promorar, eles escolhiam casas consideradas pontos estratégicos e expulsavam os moradores para que pudessem visualizar a chegada de rivais ou da polícia.

Além disso, os moradores eram submetidos a toque de recolher e precisavam baixar o vidro dos carros quando chegavam no local, para provarem que não eram membros de facção contrária.

— Eles mudavam toda a rotina da comunidade. Acabava imperando ali a lei deles. A maioria das pessoas que estão ali são trabalhadores, acordam cedo para trabalhar, e eram submetidas a isso. Foi uma investigação complicada porque muitos têm medo de falar, então trabalhamos muito com depoimentos anônimos. É uma aproximação sutil — relata a delegada.

Com os presos, foram apreendidos R$ 4 mil em dinheiro sem origem comprovada, papelotes para enrolar maconha para venda e radiocomunicadores na frequência da polícia. Além disso, os agentes encontraram fardas da Brigada Militar e do Exército.

Segundo a delegada, o inquérito continua, e outras pessoas também são investigadas. Os nomes dos presos não foram divulgados.


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