A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira (6) em um condomínio no bairro Hípica, zona sul de Porto Alegre, o suspeito de assumir, no mês passado, o comando do tráfico de drogas no bairro Cascata, zona leste da cidade. Michael André da Silva Cardoso, 35 anos, tinha prisão preventiva decretada por tráfico e associação ao tráfico, sendo considerado foragido pelas autoridades há um ano e cinco meses.

Por ter vários antecedentes criminais e pelas ações atribuídas a ele nos últimos meses, a polícia considera esta prisão uma das mais importantes dos últimos meses, devido à periculosidade de Cardoso, que tem antecedentes criminais por roubos (três a estabelecimentos comerciais e um a joalheria), tráfico (duas vezes), homicídio (em 2014), porte ilegal de arma de fogo, clonagem de veículos, além de outros roubos.   

O delegado Thiago Benemann, do Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc), foi o responsável pela ação e destaca que Cardoso também foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e receptação. Ele tinha uma pistola calibre 380 furtada. O foragido estava escondido em imóvel que teria sido alugado pela facção criminosa para a namorada dele. Além de ser procurado pela polícia, ele também era alvo de grupos rivais. 

Segundo Benemann, Cardoso assumiu o comando do tráfico no bairro Cascata no mês passado, após a morte de outro traficante durante confronto com policiais militares. No entanto, ele já estava se articulando, tanto é que, no mês passado, o irmão de Cardoso foi preso pelo Denarc na BR-386, em Nova Santa Rita, transportando 143 quilos de maconha do Paraguai para o reduto da facção criminosa em Porto Alegre. O presto também já havia sido alvo de uma tentativa de homicídio de facção rival em julho, quando foi ferido com tiro no abdômen.

A polícia também destaca que Cardoso e o outro traficante morto no mês passado, após tentar atirar em PMs — que era investigado justamente por ser apontado até então como líder do tráfico no bairro Cascata —, atuavam para Leonardo Ramos de Souza, o Peixe, detento transferido em 2017 para presídio federal. GaúchaZH tenta falar com a defesa do preso, mas ainda aguarda por contato de advogado com a polícia para contraponto.