Região Metropolitana
Polícia Civil deflagra terceira etapa de operação contra telentrega de drogas em Esteio
São 140 agentes cumprindo 38 ordens judiciais em nove cidades do RS e de SC
Pela terceira vez no ano, a Polícia Civil realiza operação para combater a telentrega de drogas a partir de Esteio para toda a Região Metropolitana. Nesta quinta-feira (19), são 140 agentes cumprindo 38 ordens judiciais em oito cidades gaúchas e em uma de Santa Catarina.
A chamada Operação To Go III é coordenada pela delegada Luciane Bertoletti. Segundo ela, são 14 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão em Esteio, Porto Alegre, Canoas, Sapucaia do Sul, Cachoeirinha, Charqueadas, Tramandaí e Cidreira, além de Balneário Camboriú. O foco da ofensiva é atacar, principalmente, as finanças do grupo criminoso. Até 9h, a polícia já havia prendido 10 suspeitos.
— Esta etapa da operação tem como alvo indivíduos que se beneficiam financeiramente dos lucros do tráfico, laranjas que atuaram para facilitar a movimentação financeira da quadrilha ou para aquisições de bens pela quadrilha, além de motoristas entregadores de drogas e outros membros da organização — diz Luciane.
Após as investigações desta terceira etapa, a polícia diz que o grupo usa uma rede de contas bancárias, em nome de laranjas, para depositar os lucros obtidos com o tráfico. Com a apreensão de vários materiais, entre eles celulares com trocas de mensagens e anotações financeiras, ficaram comprovados o uso diário de motoboys e os valores arrecadados.
Em agosto, por exemplo, envolvendo apenas um dos vários distribuidores, houve a venda de R$ 8,2 mil.
Outras etapas
São sete meses de investigação, totalizando três operações. A apuração começou em abril, com a prisão de um traficante em Esteio. A partir disso, ocorreram as duas primeiras etapas, em junho e setembro deste ano, com outras 13 prisões e cerca de 50 mandados judiciais cumpridos.
Também ocorreu o sequestro judicial de seis veículos, além da apreensão de máquinas de cartão de crédito, entorpecentes, arma, munição, quantias em dinheiro e outros objetos.
Luciane não divulgou os nomes dos presos e diz que o próximo passo desta investigação será contabilizar o montante movimentado pela quadrilha — que tem ligação com uma facção criminosa que atua no Estado.
- Delegado Mario Souza, titular da 2ª Delegacia Regional Metropolitana, destaca como funcionava a contabilidade dos traficantes: