Polícia



Disputa entre facções 

Preso suspeito de envolvimento em onda de ataques que resultou em 11 mortes em Porto Alegre 

Jovem, de 19 anos, tem antecedentes por roubo, tráfico, entre outros crimes. Polícia Civil confirma participação dele em um dos atentados 

31/03/2022 - 07h00min


Cid Martins
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Polícia Civil / Divulgação
Suspeito de 19 anos teria participado de um dos 13 ataques, em um caso em que a vítima sobreviveu a disparos de arma de fogo

Dando sequência à ofensiva contra uma guerra entre facções rivais que deixou 11 pessoas mortas em Porto Alegre em apenas nove dias, a polícia prendeu, na noite de terça-feira (29), um dos suspeitos de envolvimento na onda de ataques — motivada por uma dívida entre os dois grupos criminosos. 

O homem foi detido na região da Vila Planetário, no Bairro Santana, por posse ilegal de arma de fogo e receptação de veículo roubado. Ele também teve arma e carro apreendidos.

A titular da 2ª Delegacia de Homicídios, delegada Roberta Bertoldo, confirma a participação do homem em um dos 13 atentados — um caso, que os agentes ainda não estão detalhando para não prejudicar a investigação, em que o alvo sobreviveu. O trabalho agora é apurar se ele esteve envolvido nos outros fatos. 

— Foi uma prisão importante, e pouco a pouco estamos solucionando todos os casos. A importância se dá pelo fato de que o suspeito teve participação comprovada em um ataque. Além disso, apreendemos uma arma e um veículo com ele que podem ter sido utilizados em outros ataques. Estamos buscando mais provas agora — destaca. 

O preso de 19 anos não teve o nome divulgado porque a investigação continua. O jovem tem antecedentes por roubo, tráfico, entre outros, e Roberta diz que ele é integrante de um dos grupos que iniciaram a série de atentados. 

Além de 11 mortes, seis pessoas foram vítimas de tentativas de homicídio. Dez pessoas, incluindo dois adolescentes, foram detidas por suspeita de envolvimento nos crimes. 

A investigação continua, e não ocorreram mais mortes na Capital ligadas a esta disputa, diz a polícia. Além das prisões, outra ofensiva foi a transferência, na semana passada, de dois líderes das facções para presídio com maior segurança no Estado.

A Brigada Militar também informou sobre várias fake news que estão sendo espalhadas nas redes sociais e em grupos de WhatsApp sobre toque de recolher na cidade devido aos ataques. A corporação negou os boatos.


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