Região Metropolitana
Presos traficantes que atuavam com telentregra de drogas para bairros nobres de Porto Alegre
Três pessoas foram detidas em flagrante em Alvorada após dois meses de monitoramento realizado pela Polícia Civil
A Polícia Civil divulgou neste sábado (15) que prendeu em flagrante, no final da noite de sexta-feira (14), três traficantes em Alvorada, na Região Metropolitana. O trio estava sendo monitorado havia dois meses, e os agentes da 3ª Delegacia do Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc) afirmam ter comprovado que eles atuavam com telentrega de drogas para bairros nobres da zona norte de Porto Alegre.
O delegado Gabriel Borges responde pelo inquérito instaurado e diz que os criminosos sempre atuavam com discrição e mediante clientes pré-cadastrados. Ou seja, eles mantinham grupos de WhatsApp e somente vendiam para os participantes. Para fazer parte, era necessário ser conhecido e recomendado por algum integrante.
Após denúncia anônima, a polícia passou a monitorar os suspeitos. Várias provas foram obtidas e, na noite de sexta-feira, os agentes do Denarc decidiram abordar os criminosos.
Borges diz que a decisão ocorreu após a descoberta de que todas as entregas eram feitas com um veículo Gol. De acordo com o policial, as drogas eram enviadas para os bairros Moinhos de Vento, Bela Vista e Mont’Serrat, na Capital.
A abordagem ocorreu no momento em que dois traficantes pararam o veículo em frente a uma residência de Alvorada para receberem uma mochila com drogas de uma terceira pessoa. Os policiais deram voz de prisão aos três.
Com eles, foram apreendidos dois quilos de maconha, 36 comprimidos de ecstasy, três porções de MDMA, que é o princípio ativo do ecstasy, balança de precisão, dinheiro e vários celulares.
Os três foram ouvidos, e o delegado diz que apura se há envolvimento de mais pessoas. Os celulares apreendidos serão analisados para saber a movimentação financeira do grupo e o número de clientes, bem como o volume de droga vendida e a identificação de possíveis fornecedores.
Borges, em uma primeira análise, destaca que as drogas eram pagas via Pix e até com cartão de crédito. As vendas eram, principalmente de, maconha, cocaína e ecstasy. A investigação continua, e os nomes dos três presos não foram divulgados.