A Polícia Civil cumpriu mandados de prisão preventiva e busca e apreensão contra sete homens suspeitos de torturar e executar uma mulher, de 35 anos, em dezembro de 2022, em Canoas, na Região Metropolitana. Três deles, de 23, 35 e 37 anos, foram presos na sexta-feira (17), os demais são considerados foragidos.

Conforme o delegado André Anicet, da 2ª Delegacia de Polícia de Cachoeirinha, o crime teria sido motivado por desavenças envolvendo o tráfico de drogas.

— Ela integrava uma facção que atua no bairro Guajuviras, vendia drogas. Um dos homens, que era comprador, suspeitou que ela estaria botando sal na cocaína e desviando a droga para consumo próprio — explica o delegado. 

As investigações começaram pouco mais de um mês após o crime, quando um cachorro foi visto com um crânio na boca na Estrada Passo do Nazário, no limite de Canoas com Cachoeirinha, onde o corpo da vítima foi carbonizado e deixado. 

A mulher havia deixado a prisão poucas horas antes de ser morta. Ela saiu do presídio e foi direto para uma residência no bairro Guajuviras, em Canoas, que servia como ponto de consumo de drogas. No local, ela foi torturada pelos suspeitos e, posteriormente, levada até a Estrada do Nazário, onde foi alvejada por diversos disparos de arma de fogo. 

— O corpo foi encontrado em um avançado estado de decomposição, mas a causa da morte, constata por perícia, apontou que foram feitos muitos disparos contra ela — conta o delegado. 

Os três suspeitos presos, de 23, 35 e 37 anos acumulam antecedentes criminais por homicídio e tráfico de drogas. A Polícia Civil realiza buscas nas cidades de Canoas, Cotiporã e Caçapava do Sul para localizar os quatro foragidos.

*Produção: Lucas de Oliveira