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Socorristas voluntários que atuam em Sapucaia do Sul precisam de uma nova ambulância

A ONG Salvamento e Resgate Vida já prestou atendimento a mais de 600 moradores. Para dar continuidade aos trabalhos, precisa de um novo veículo, orçado em R$ 390 mil

27/03/2024 - 05h00min

Atualizada em: 27/03/2024 - 05h00min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Duda Fortes / Agencia RBS
Além da falta de ar-condicionado, a ambulância atual é de 2010 e já tem mais de 400 mil quilômetros rodados

Com mais de dois anos de atuação, o grupo de socorristas voluntários Salvamento e Resgate Vida já prestou atendimento a mais de 600 moradores do município de Sapucaia do Sul. Agora, para continuar oferecendo esse serviço gratuito à população, precisam de ajuda para adquirir uma nova ambulância, orçada em R$ 390 mil. Uma campanha de arrecadação online chegou a ser organizada. No entanto, até o momento, pouco mais de R$ 2,5 mil foram obtidos em doações.

Dificuldades

A ONG se mantém por meio de doações de pessoas físicas e jurídicas, além de contribuições dos próprios voluntários. Agora, estão unindo esforços para a compra do novo veículo de resgate. Além da falta de ar-condicionado, a ambulância atual é de 2010 e já tem mais de 400 mil quilômetros rodados. Com manutenções cada vez mais frequentes e caras, os socorristas se preocupam com o futuro da instituição.

O diretor de comunicação da organização, Jailson Soares, 40 anos, explica que todos os meses o veículo precisa passar por reparos. Em dezembro, uma revisão chegou a custar R$ 15 mil.

Foi em 2021 que o grupo de socorristas passou a atuar na cidade, a partir da demanda pelo serviço de pronto-atendimento. Isso porque, conforme explica Jailson, o município conta com apenas duas ambulâncias para atender os mais de 132 mil sapucaienses.

– Nós fazemos esse primeiro atendimento. São ocorrências diversas, pode ser um pequeno mal-estar, ou, até mesmo, casos mais graves – conta o morador do bairro São José, em Sapucaia do Sul.

Agilidade

São cerca de 80 socorristas que se dedicam ao trabalho durante os finais de semana e feriados. Para ser um voluntário, basta ter 18 anos, Ensino Médio completo e realizar o curso de atendimento pré-hospitalar ofertado pela ONG.

Os profissionais são acionados pelos próprios moradores. Órgãos públicos como a Brigada Militar, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Rodoviária Estadual também costumam encaminhar ocorrências. Além disso, prestam apoio às Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) do município. Em plantões de 12 horas, chegam a atender até 10 casos.

O diretor de comunicação destaca que os socorristas voluntários são treinados para chegar de forma mais rápida às ocorrências. Basta uma breve ligação para que desloquem uma equipe até o local de atendimento. O grupo também tem um aplicativo que serve para facilitar o contato com os profissionais.

– Para pedir ajuda ao Salvamento e Resgate Vida, é só nos chamar que nos deslocamos imediatamente até o local. Chegamos a qualquer ponto da cidade em minutos – garante Jailson.

Duda Fortes / Agencia RBS
Cerca de 80 socorristas se dedicam ao trabalho durante os finais de semana e feriados

Criança foi salva após convulsionar

O dia 25 de fevereiro ficará para sempre marcado na memória da vendedora Franciele dos Santos, 40 anos. Por volta das 13h de um domingo, ela resolveu ir ao supermercado com o filho Théo Gustavo dos Santos, um ano e quatro meses. Quando estava fazendo as compras, percebeu que havia algo de errado com o pequeno:

– Ele estava no meu colo e, do nada, começou a revirar os olhos e a não responder. Até que desmaiou. Fiquei desesperada. Ele ficou completamente inconsciente.

Com o bebê desacordado, funcionários do hospital resolveram ligar para o grupo de socorristas. Rapidamente, os profissionais se deslocaram até o local e prestaram os primeiros atendimentos à criança.

– Chegaram lá muito rápido, foi questão de minutos. Ali já foi feito o atendimento e ele foi levado para o hospital – relata Franciele.

A mãe conta que foi a primeira vez que Théo passou pelo episódio. O médico que o atendeu no Hospital Getúlio Vargas constatou que o pequeno passou por um episódio de convulsão. Agora, ele deve ficar em observação, caso tenha novas crises.

– Se não fosse o atendimento deles, não sei como estaria meu filho hoje. O grupo foi excelente! Eles prestam um serviço muito importante – salienta a vendedora.

Como ajudar:
/// Contribuições financeiras podem ser feitas por meio do Pix (CNPJ): 27.855.334/0001-01

Como acionar os serviços:
/// O atendimento é direcionado exclusivamente para os moradores de Sapucaia do Sul e ocorre aos finais de semana e feriados

/// Para pedir ajuda, entre em contato pelo telefone: (51) 3781-5400

/// A solicitação de atendimento também pode ser feita por meio do aplicativo “Resgate Vida”

Produção: Nikelly de Souza



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