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Seu problema é nosso

Mãe recebe laudo pericial do IGP somente três meses após morte do filho, em Bagé

Desde a morte do jovem, de 19 anos, ela aguardava pelo liberação dos papéis, que foram entregues somente depois de a história ter sido contada pelo Diário Gaúcho

23/03/2018 - 10h49min


Arquivo Pessoal / Leitor/DG
Sandra e o filho, Eduardo, que faleceu em acidente

A longa espera por um laudo pericial do Instituto Geral de Perícias (IGP) finalmente chegou ao fim para a auxiliar de Recursos Humanos Sandra de Vargas Cordeiro, 39 anos. Na edição de 20 de setembro do ano passado, o Diário Gaúcho mostrou o sofrimento da mãe, que perdeu o filho Eduardo Cordeiro Vigil em julho de 2017. 

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Desde a morte do jovem, de 19 anos, ela aguardava pelo liberação dos papéis, que foram entregues somente depois de a história ter sido contada pelo DG. 

— Depois que foi publicada a reportagem, segui ligando diariamente para o IGP. Menos de duas semanas depois, me perguntaram se era o caso que tinha saído no jornal. Respondi que sim. No dia seguinte, avisaram que o laudo estava pronto — recorda Sandra. 

Como mora em Bagé, na região sul do Estado, a auxiliar de RH precisou se deslocar até a Capital para buscar o laudo. Sandra precisava dos papéis para dar entrada no seguro DPVAT, já que o filho morreu em consequência de um acidente de trânsito. O valor da apólice seria usado para cobrir as despesas fúnebres do rapaz, que era militar do Exército. 

Acidente 

Foi em maio de 2017 que Eduardo se acidentou. Depois do ocorrido, ele foi encaminhado de Bagé, onde morava com a mãe, para atendimento em Porto Alegre. Na Capital, ficou internado durante 56 dias. Porém, não resistiu aos ferimentos causados pelo acidente e faleceu no dia 13 de julho. 

Por ter morrido em decorrência de um acidente de trânsito, o corpo de Eduardo precisou passar por perícia na sede do DML, no Palácio da Polícia, em Porto Alegre. 

— Aquele dia já foi terrível, eu cheguei lá por volta das 2h e só saí depois das 19h — relembra a mãe do militar falecido. 

No Palácio da Polícia, ela foi informada de que o laudo da autópsia deveria ser liberado dentro de 20 dias, o que não ocorreu. 

Na época da primeira reportagem, o IGP creditou a demora na assinatura dos laudos ao reduzido quadro de funcionários do órgão, com apenas 40% do efetivo necessário. O Instituto informou ainda que a demora afetava outros serviços prestados pelo órgão, como perícias em veículos. 

Sandra sente-se aliviada em ter conseguido colocar um ponto final nesse sofrimento. Com os documentos em mãos, ela recebeu o seguro DPVAT e conseguiu cobrir as despesas fúnebres do filho:

— Acho que, se não tivesse saído no jornal, eu estaria esperando por esse documento até hoje. 

*Produção: Alberi Neto

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