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Estrada do Nazário: aqui, o desafio é trafegar

Via no limite entre as cidades de Canoas, Esteio e Cachoeirinha fica intransitável a cada chuva mais forte. Melhorias previstas para o agosto ficaram na promessa

04/09/2018 - 07h00min


Maria Eugenia Bofill
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Omar Freitas / Agencia RBS
Um suplício para pedestres e motoristas

O tempo passa e as promessas seguem sem serem cumpridas na Estrada Passo do Nazário. O que fica são os buracos e, nos dias chuvosos, uma via quase intransitável devido ao grande volume de água acumulada. Além do lixo amontoado nas laterais e de um intenso mau cheiro.

O trecho, que fica no limite entre as cidades de Cachoeirinha, Esteio e Canoas, não é asfaltado. Além da falta da pavimentação, há uma vala que passa pelo local e está entupida. Assim, nos dias de chuva, a situação piora. O Diário Gaúcho esteve nesta segunda-feira (3) no local e conferiu o sufoco passado pelos motoristas e moradores. 

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– É horrível. Quando seca, as crateras continuam e fica uma buraqueira – relata o comerciante Paulo Colamonizi, que cruza frequentemente pela Nazário.

Jogo de empurra

Morador há cerca de 30 anos da Rua Elis Regina, a 400m da Estrada, o funcionário público Raimundo Ferreira afirma que o poder público só passa a patrola para amenizar a situação. Mas, quando chove, o problema se agrava ainda mais.

– As prefeituras ficam empurrando a situação uma para as outras. Acaba que nenhuma arruma – reclama Raimundo.

O funcionário público conta que já teve que levar um carro para a oficina por complicações por precisar passar diariamente no local. 

– Se não é água, é pó. Já soube de vários carros com problemas por cruzarem por aqui – afirma.

Omar Freitas / Agencia RBS
Paulo Roberto reclama: "Isso é uma vergonha"

Os moradores dizem que já recorreram aos vereadores e às prefeituras dos três municípios, mas nunca foi feito nada para solucionarem o problema – apenas patrolas para tapar os buracos temporariamente e amenizar a situação.

– Isso é uma vergonha. Hoje pela manhã estava tudo alagado. E depois que seca, é uma buraqueira. Como não conseguem arrumar um trecho tão pequeno? – questiona Paulo Roberto da Silva Oliveira.

Acordo não cumprido

O Diário Gaúcho publicou reportagem sobre a situação no dia 26 de julho. Na época, a prefeitura de Cachoeirinha entrou em acordo com a prefeitura de Canoas. 

A primeira ficaria encarregada de fazer a limpeza da vala, para que então Canoas melhorasse as condições da via. Caso o tempo colaborasse, as obras ocorreriam em 20 dias. Entretanto, a limpeza ainda não foi feita. 

O secretário de Infraestrutura e Serviços de Cachoeirinha, Brinaldo Mesquita, reconhece que a promessa não foi cumprida.

– Já temos a licença ambiental e também uma máquina locada, mas estamos esperando a autorização do proprietário da área. O local onde está situada a vala é uma propriedade privada – explica Brinaldo.

Segundo o secretário, a drenagem auxiliará para melhorar as condições da via, mas não evitará os alagamentos em dias recorrentes de chuva: 

– O que aconteceu ontem (domingo, dia 2) é que o arroio encheu de novo e transbordou.

Brinaldo afirma que o combinado com Canoas segue o mesmo acordado em julho.

Em nota, a secretaria municipal de Obras de Canoas afirma que “segue acompanhando o processo de revitalização do local”. Canoas aguarda o término dos trabalhos de Cachoeirinha para “agendar uma reunião de avaliação das medidas executadas”.  



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