Seu Problema é Nosso
Cruzamento no limite entre Porto Alegre e Viamão está confuso há décadas
Sem semáforo, o entrocamento é cenário de congestionamentos e acidentes
Passaram-se anos, e o cruzamento da Avenida Protásio Alves, em Porto Alegre, com a Estrada Caminho do Meio e a Avenida Paraíso, em Viamão, segue com o mesmo problema: a falta de sinalização. As vias têm a forma de um “T” no limite entre os municípios.
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O Diário Gaúcho mostrou duas vezes a mesma situação, em 2004 e 2009, quando usuários das vias reclamavam da falta de sinalização e de um semáforo no local.
— Faz 60 anos que moro perto, já presenciei acidentes e congestionamentos. Há alguns anos, uma sinaleira foi instalada, mas, em menos de um ano, foi retirada pela EPTC. Não sei o motivo — relembra o servidor público aposentado Luiz Egdar Machado, 65 anos.
Ele procurou a prefeitura da Capital. Contudo, foi orientado a buscar a EPTC. Luiz conta que em horários de pico, como antes das 7h, o local tem movimento intenso:
— Os motoristas ficam confusos, porque vem carro da Avenida Paraíso para entrar na Protásio, e quem vem do Caminho do Meio tem que esperar. Tranca tudo para quem vai de Viamão a Porto Alegre.
Acidentes
A assistente administrativa desempregada Jéssica Souza, 19 anos, também se incomoda:
— É uma rota de muitos carros, ônibus, táxis e vans escolares. Além disso, para quem quer atravessar, como os alunos, é complicado.
Assim como Luiz, Jéssica presenciou um acidente no trecho.
— Uma vez, eu estava no ônibus e uma moto não parou no cruzamento e bateu na lateral do ônibus — conta.
Sem previsão de novo semáforo
Procurada pela reportagem, a Empresa Pública de Trânsito de Viamão (EPTV) afirmou que o trecho é de responsabilidade de Porto Alegre. A EPTC confirmou a informação.
Questionada sobre o semáforo que foi retirado do cruzamento, a EPTC declara que o equipamento “foi instalado em 2012, em razão da obra na ponte de limite com Viamão, e foi retirado após a conclusão da mesma”. O órgão destaca que a “ponte estava com bloqueio de meia pista (parcial), passando um sentido do fluxo por vez, e o semáforo regrava o trânsito”.
Em relação a novos projetos para o local, a EPTC afirma que, “para embasar estudo técnico”, são realizadas contagens — ou seja, observação e análise do tráfego. Desta forma, “será determinada a melhor solução de projeto de qualificação para a mobilidade e a segurança do local”.
Segundo o órgão, os motoristas devem seguir as orientações atuais, sendo a preferência no cruzamento para a Protásio Alves, conforme placas de “Pare” instaladas na Paraíso. A EPTC não deu previsões para melhorias e salientou que um “projeto está em estudo”.
Produção: Caroline Tidra