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Seu Problema é Nosso

Solidariedade garante uniforme de futebol para pequenos jogadores de projeto social

Ser São Cristóvão, de Viamão, atende cerca de 50 crianças e adolescentes

06/03/2020 - 12h00min


Arquivo pessoal / Arquivo Pessoal
Vestimenta infantil tem mesma estampa da adulta

A felicidade da gurizada que faz parte do projeto social do time Ser São Cristóvão, no bairro de mesmo nome, em Viamão, está garantida. Na edição de 20 de janeiro deste ano, mostramos que os organizadores estavam em busca de dinheiro para comprar uniformes personalizados para os pequenos. Um mês depois, a meta foi alcançada e o desejo foi realizado.

Antes, as crianças precisavam utilizar os mesmos fardamentos que os mais velhos, pois não havia materiais suficientes para todos. Uma semana após a publicação, o time conseguiu arrecadar o valor necessário e iniciou a confecção, que chegou às mãos das crianças no dia 15 de fevereiro. Agora, os jogadores mirins possuem os próprios uniformes e chuteiras, no tamanho certo.

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O autônomo Antônio Marcos Silva da Silva, 34 anos, um dos organizadores, diz que está feliz com objetivo alcançado:

– A sensação é a melhor possível. Ver a felicidade nos rostos das crianças é muito gratificante.

Bulú, como Antônio é conhecido, contou que o projeto foi criado após perceber que o campinho da Rua Ipês Amarelos, onde acontecem os treinos dos adultos do time Ser São Cristóvão, sempre era usado pelas crianças do bairro:

– Vimos que os moleques gostavam de ficar na volta (dos jogos do time adulto). Sempre torciam com orgulho, então, resolvemos criar a escolinha.

Doações

Na tentativa de conseguir os uniformes para os pequenos, os organizadores criaram rifas e pediram doações de moradores e lojas de Viamão. De acordo com Antônio, o comércio local foi essencial para a confecção das vestimentas, já que, agora, alguns locais já patrocinam o time. 

A empresária Tamara Noal de Souza, 28 anos, mãe dos jogadores Arthur Henrico Souza Hipólito, cinco anos, e Paulo Roberto Souza Hipólito, 11 anos, estava organizando as rifas e confirma que a publicação feita pelo DG em janeiro foi fundamental.

– Por meio da matéria do Diário Gaúcho conseguimos mostrar para a nossa cidade que realmente precisávamos de patrocínio. E conseguimos! – celebra.

Solidariedade foi essencial para o time

O valor das rifas serviu para comprar as vestimentas, mas o auxílio de grupos de apoio foi essencial para adquirir os outros equipamentos. A ong Por Mais Sorrisoss doou 50 pares de chuteiras para os pequenos. 

Entretanto, as doações não foram apenas de itens para os jogos. O grupo Gurias Solidárias, composto de 14 mulheres, realizou um evento no campinho onde os treinos acontecem, no dia 8 de fevereiro. Entre algodão-doce e bolo de chocolate, foram distribuídas 50 mochilas com kits escolares, além de um brechó, onde os pequenos podiam escolher uma peça de roupa ou calçado para ficar.

Arquivo pessoal / Arquivo Pessoal
Gurias Solidárias doou kits escolares

A fundadora do grupo, Ana Machado, 39 anos, explica o motivo do evento:

– Tentamos alegrar o dia das pessoas e suprir as necessidades delas. Nesse caso, incentivamos as crianças a estudar, porque isso é um dever de todos.

Na escolinha, com uniforme completo e kits escolares em mãos, a expectativa de todos pelo futuro é grande. 

– Esperamos que o projeto cresça e que mais crianças sejam ajudadas – projeta Tamara.

Este também é um dos desejos de Bulú:

– Queremos que a escolinha atinja as pessoas de geração em geração. Esperamos poder levar esse trabalho para muito longe.

Produção: Thayná Souza

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