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Moradora de Viamão produz sabão com óleo de cozinha para doar

Segundo ela, o objetivo do projeto Sabão Legal é conscientizar as pessoas a não jogarem óleo de cozinha na pia e a realizarem a destinação correta do resíduo

23/07/2021 - 09h00min


Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
A ideia de produzir sabão surgiu em meio às aulas no curso de Gestão Ambiental

O projeto Sabão Legal é uma iniciativa criada em 2020, a fim de produzir sabão com óleo de cozinha usado. Os higienizantes em barra são distribuídos a comunidades em vulnerabilidade social de Viamão e aos familiares de alunos das escolas públicas da região. A autônoma Daniela Oliveira, 41 anos, idealizadora do projeto, conta que a ideia surgiu em meio às aulas no curso de Gestão Ambiental, do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), local onde estuda. 

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Antes de o projeto ser independente, o trabalho recebeu um financiamento estudantil do IFRS. Todo sabão produzido era usado para ensinar os alunos a prepararem o produto. Com o início da pandemia e a suspensão das aulas presenciais, os trabalhos tomaram outro rumo: os sabões passaram a ser distribuídos em comunidades indígenas de Viamão.

– Antes da pandemia, se pensou em criar um sabão ecológico e distribuir a comunidades. No início do trabalho não tinha nada a ver com o atual projeto, e tudo era feito embaixo de uma árvore do IFRS. Foi através dele que o sabão entrou em minha vida. Me apaixonei pelo trabalho – destaca Daniela.

 Após o cumprimento do edital de pesquisa no instituto, o financiamento que custeava a produção precisou ser encerrado. Porém, Daniela quis dar continuidade ao trabalho fora do ambiente acadêmico. Segundo ela, o objetivo do Sabão Legal é conscientizar as pessoas a não jogarem óleo de cozinha na pia e a realizarem a destinação correta do resíduo, para confecção de produtos como sabão e ração para animais.

Produção

Ao todo, mais de 7 mil barras já foram distribuídas. Em uma única produção, Daniela e a família conseguem fabricar cerca de 50 barras com um litro de óleo de cozinha tratado. Ajudam no trabalho os três filhos, Alexandre, 20 anos, Júlia, 15 anos, e Fernando, 14 anos, e o marido, Dionatam Iochims, 36 anos. Com a produção realizada aos sábados, a família se divide nas tarefas, desde a coleta do óleo nas casas que oferecem a doação até a secagem e finalização das barras.

A quantidade de insumos para a confecção, porém, diminuiu. Mesmo desempregada, Daniela e a família tentavam comprar embalagens de papel e pedir de porta em porta o óleo de cozinha. Com as arrecadações em mãos, a autônoma resolveu fazer os sabões e distribuir 

nas escolas, sendo toda a coleta de óleo feita pelos pais dos alunos. A primeira instituição a receber os produtos foi a Escola Estadual de Ensino Médio Farroupilha, na Vila Querência, que apoiou a causa e ofereceu um espaço para a confecção do sabão. 

Agora, o projeto Sabão Legal busca incentivo de pessoas e empresas parceiras para ampliar a fabricação dos sabões.

– Não quero deixar o projeto morrer. A ideia é conscientizar as pessoas a descartarem o óleo de maneira apropriada – diz. 

Como fazer o descarte do óleo de cozinha?

/// Com a ajuda de um funil, despeje em uma garrafa PET o óleo frio.

/// Feche a garrafa e guarde em um canto, caso o recipiente não esteja cheio. 

/// Assim que a garrafa pet estiver cheia, leve a um ponto de coleta de óleo de cozinha da sua região, ou entre em contato com Daniela.  

Doe óleo usado

/// Para ajudar o projeto com o produto base para fazer o sabão, entre em contato com Daniela pelo telefone (51) 99687-9950.

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