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Jovem cria vaquinha online para comprar triciclo elétrico 

Maxoel Santos de Oliveira tem paralisia cerebral e acredita que o equipamento aumentará sua autonomia

20/01/2022 - 09h12min


Reprodução / Arquivo Pessoal
Equipamento vai ajudar Max a realizar um sonho: o de trabalhar

Neste ano, o estudante Maxoel Santos de Oliveira, o Max, 20 anos, se formará no Ensino Fundamental na Escola Municipal Tristão Sucupira Vianna, localizada no bairro Restinga, extremo sul da Capital. Ele tem paralisia cerebral e, por isso, enfrenta limitações: não fala, não caminha e tem outras dificuldades motoras. Mas isso não impede que interaja com amigos, familiares e professores. Popular na escola pela simpatia e dedicação, Max faz questão de participar de todas as atividades propostas.

Buscando autonomia para alcançar outros objetivos traçados, como trabalhar, ingressar no Ensino Médio e, futuramente, no Ensino Superior, Max criou uma vaquinha online. Ele quer comprar um triciclo elétrico que custa cerca de R$ 15 mil. 

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Equipe

Ana Paula Pereira Noronha, 40 anos, é professora de Max há dois anos. Ela é a responsável no colégio pelo Programa de Trabalho Educativo (PTE), iniciativa desenvolvida nas escolas municipais da Capital que orienta e encaminha alunos com deficiência ao mercado de trabalho. Ela conta que Max deseja muito trabalhar:

– Dos alunos do PTE, ele é o que demonstra mais interesse em conseguir uma vaga de estágio. O Max é muito comprometido com as tarefas, responsável, motivado e disposto a aprender e fazer o que for preciso para alcançar seus objetivos.

A educadora está auxiliando o estudante a encontrar estratégias para adquirir o triciclo. A ideia da vaquinha, quem teve foi Max. Ele pediu ajuda da equipe da escola, que elaborou o texto e a foto da apresentação no site da campanha. Além disso, a professora está reunindo os documentos necessários para solicitar que o poder público forneça o equipamento para o estudante. Por isso, a equipe abriu um processo pela Defensoria Pública do Estado (DPE).

De acordo com a mãe de Max, a dona de casa Marcia Maria dos Santos, 46 anos, a dedicação sempre foi uma característica muito forte do filho. Desde pequeno, conta, ele se preocupa em ser um bom aluno. A condição financeira da família não possibilita que eles comprem o triciclo e, neste ponto, Marcia destaca o quanto a ajuda da escola tem sido importante para que mais pessoas conheçam a história do Max.

– Desde o início, nós recebemos um apoio muito grande de todos na escola. É uma dedicação muito bonita de ver – afirma a mãe.

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Equipamento é recomendado por especialistas consultados

O SUS fornece hoje dois tipos de cadeiras: a manual e a elétrica. Mas a elétrica não é a ideal para Max, pois ela não tem muita estabilidade, e ele mora em uma rua de paralelepípedos. Além disso, na comunidade em que vive, existem outras ruas irregulares e com buracos, o que poderia prejudicar o funcionamento do equipamento e a autonomia de Max. Por essas razões, o triciclo elétrico é o mais indicado para o caso dele.

– Consultamos com fisioterapeuta e um especialista. Nosso objetivo hoje é o triciclo elétrico, já que oferece essa estabilidade – explica Ana Paula.

Max tem a expectativa de que, se conseguir adquirir o equipamento, muita coisa irá melhorar em sua vida. Isso porque ele poderá ser mais independente e, quem sabe, trabalhar sem precisar da ajuda de alguém empurrando sua cadeira:

– O triciclo é mais fácil para me deslocar nas estradas, nas vias. Assim, vou conseguir andar sozinho.

Hoje, existe a necessidade de sempre ter alguém responsável por empurrá-lo.

Como colaborar

/// Para contribuir na vaquinha do Max, clique aqui.
/// Também é possível entrar em contato com a professora Ana Paula pelo telefone (51) 99175-5647.

Produção: Kênia Fialho


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