Seu Problema é Nosso
Família de Esteio busca ajuda para adquirir cadeira de rodas
Equipamento que era utilizado por Lucas ficou danificado após uma estrutura cair por cima durante temporal
As consequências do temporal que atingiu a Região Metropolitana no dia 7 de março ainda estão presentes na vida da dona de casa Maurícia Alessandra Freitas Luz, 45 anos. A moradora do bairro Parque Primavera, em Esteio, conta que, minutos antes de a chuva começar, três dos nove filhos decidiram ir passear. Um deles, Lucas Natan Luz da Silva, 12 anos, é PcD e utiliza cadeira de rodas. Durante o temporal, a queda de uma estrutura danificou a cadeira de Lucas:
– Escureceu bem rápido, logo veio o temporal e não deu tempo de voltar para casa. Eles estavam a cerca de três casas da nossa. Mas o vento era muito forte.
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Foi quando um vizinho ofereceu abrigo em sua residência. Os irmãos de 12, 14 e 17 anos entraram, e logo a chuva se intensificou. Maurícia recorda que o vento entrou na casa em que os filhos estavam, e o teto veio abaixo. Nisso, uma parte da estrutura atingiu os irmãos, que logo correram para proteger Lucas, que só se locomove com a cadeira de rodas devido a sequelas de paralisia cerebral.
– Um dos meus filhos esfolou o braço. Eles se colocaram por cima dele para que a estrutura não o atingisse – relembra Maurícia.
Novo equipamento
A cadeira de rodas anterior foi doada pela Associação Canoense de Deficientes Físicos (Acadef), uma organização não governamental sem fins lucrativos. No entanto, Maurícia explica que a família recebeu a doação há menos de dois anos. Assim, um novo equipamento só poderia ser solicitado para a Acadef após esse período. Por isso, Maurícia busca ajuda com amigos para conseguir uma nova cadeira.
A mãe conta que um conhecido chegou a conseguir um modelo para adultos. Mas o equipamento não é o adequado para Lucas:
– A gente sabe que aparelhos para pessoas com deficiência costumam ser bem caros. Então, está bem difícil esse período.
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Enquanto a cadeira nova não chega, Lucas fica com a autonomia bastante comprometida. Para ir de um lugar ao outro, precisa ser carregado nas costas de um dos irmãos mais velhos. Além disso, agora se reveza entre a cama e o sofá durante o dia.
Renda
Maurícia explica que a família vive com um auxílio que Lucas recebe por conta de sua deficiência e com a renda de Jeferson Lino, 38 anos, pai do garoto, que trabalha como servente de obra na construção civil. Sobre o auxílio, a mãe afirma que a maior parte do valor é utilizada para comprar leite, fraldas e outros produtos necessários para o dia a dia do guri. Já o serviço de Jeferson fica à mercê das condições climáticas. Assim, quando chove, as obras param, e o servente não recebe.
Além de Lucas, outros seis filhos de Maurícia com idade entre seis e 17 anos residem na mesma casa. O pai dela, Bento Luz, 72 anos, também mora com eles.
– Somos uma família grande. Então, não temos condições de comprometer nosso orçamento para a compra da cadeira – lamenta a mãe.
Estragos
As telhas do imóvel em que a família mora ficaram bastante comprometidas com o temporal. Enquanto aguardava a colocação do novo telhado, a família ficou alguns dias abrigada na casa de parentes. Nesta semana, porém, já conseguiram voltar. O irmão mais velho de Lucas, Gabriel, 25 anos, mora na mesma rua e teve a casa totalmente destruída pelo temporal. Por isso, a família está pedindo doações de madeira e de móveis para a reconstrução da residência.
– Atualmente, ele está ficando na casa dos sogros. Mas minha nora está grávida, então, eles querem voltar para a casinha deles o quanto antes – afirma Maurícia.
Para ajudar a família
/// Entre em contato com Maurícia pelo telefone (51) 98573-4003.
Produção: Kênia Fialho