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Receita do Leitor

Veja dicas para o churrasco do Dia dos Pais

DG conversou com especialistas e leitores para saber como fazer um bom assado

10/08/2022 - 19h22min

Atualizada em: 10/08/2022 - 19h24min


Arquivo pessoal / Arquivo pessoal

Com o Dia dos Pais chegando, nada melhor do que celebrar a data com um belo churrasco. E, nessa hora, cada pai tem seu jeito e segredos para preparar o assado. Por isso, o DG conversou com especialistas e papais leitores para trazer dicas para esse almoço especial. 

Willian Zarpelon, professor de Gastronomia da UniRitter 

/// “Opte pelos carvões feitos de madeira de acácia negra e de eucalipto, pois são homogêneos, não liberam muita fumaça, têm boa textura e rendimento, tornando-se mais econômicos.” 

/// “A forma mais comum de preparar o fogo é a técnica do vulcão, na qual se enrola jornal ou papel higiênico embebido em álcool em gel (70% ou mais) ao redor de uma garrafa de vidro vazia, no centro da churrasqueira. Remove-se, então, a garrafa, preenchendo com carvão, tanto dentro quanto fora deste canudo que se formou.” 

/// “Os melhores cortes são aqueles que possuem maior concentração de gordura, garantindo que as carnes fiquem mais saborosas e suculentas.” 

/// “Quanto mais vermelha a carne e mais claras as camadas de gorduras, significa que o corte é fresco. Se a gordura estiver muito amarelada indica que a carne não está fresca. Já as peças embaladas a vácuo mantêm os cortes mais conservados.” 

/// “Sempre realizar os cortes, principalmente dos bovinos, no sentido contrário ao das fibras, mantendo a lâmina da faca em um ângulo de 90 graus (sentido transversal) às fibras da carne.” 

/// “Se os pedaços de carne bovina forem muito finos, devem pegar cor e calor antes de salgar, pois, além do sal ser um desidratador natural, poderá deixar a carne enrijecida e seca.” 

Bruno Ivanoff, professor de Gastronomia do Senac RS 

/// “O ideal é preparar o fogo com antecedência, para que, na primeira queima, se dissipe a fuligem, que pode contaminar a carne. Para testar a intensidade, pode-se colocar a mão na altura da carne e, se for possível resistir por cinco segundos, o fogo está forte.”

/// “Há três cortes que têm um bom preço, são fáceis de fazer e rendem um bom assado. Um deles é a entranha, nomenclatura dada por uruguaios e argentinos ao diafragma bovino. O matambre suíno ou matambrito também é uma opção rápida e saborosa. E outra é o coração de paleta.”

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/// “Salsichões, linguiças e coxinhas da asa devem ser virados a cada 10 minutos e, em geral, atingem bom ponto em até 30 minutos. Já a costela gaúcha deve ser assada sempre com o osso para baixo. Quando o osso começar a enrugar e caramelizar, ela pode ser virada.” 

/// “O melhor é não espetar a carne, e sim utilizar grelhas. Ao espetar, o suco da carne pode ser perdido e, com isso, o sabor também. Caso use espeto, opte por aqueles planos, e não pelos  cilíndricos, pois, nestes, ao virar o espeto, a carne pode girar junto.”

As dicas dos leitores

“Dou preferência para uma carne com osso. Costumo comprar ripa da chuleta, não muito magra, e também em função do osso, que é uma tradição. Ao iniciar o fogo, começo também a preparar a carne com sal grosso e mais nenhum tempero.”
Delmar Gehm – Novo Hamburgo 

“A dica de ouro é fazer um baita churrasco, junto com os filhos, tomando um chimarrão e com o nosso Diário Gaúcho sempre na mão.”
Paulo Veleda – Porto Alegre 

“Costumo fazer uma salmoura para temperar a carne. Eu preparo em uma bacia com água, sal no ponto que desejo a carne, alho, limão cortado em fatias e vinho branco. Deixo a carne de um dia para o outro nessa mistura.”
Valdemar Crestani – Nova Prata 

“Churrasco para nós, gaúchos, não tem mistério. Uma costela, sal grosso, cuidado para não queimar e depois só degustar com uma cerveja bem gelada.”
Paulo Margues – Santa Maria

Produção: Guilherme Jacques e Leonardo Bender



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