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Papo Reto 

Manoel Soares: "No fim, todos ficam cegos e banguelas"

Colunista escreve para o Diário Gaúcho aos sábados 

18/03/2023 - 05h00min


Manoel Soares / Arquivo Pessoal
Manoel Soares reflete sobre a retribuição do dano que foi causado

Sabe aquela vontade de pagar algo de ruim que te fizeram com a mesma moeda? Pois é, ela já foi posta em prática, foi a Lei de Talião, também conhecida como “olho por olho, dente por dente”. É uma antiga lei que tem suas origens no Antigo Testamento. A ideia por trás desta lei é de que o castigo de uma ação errada deverá igualar ou ser proporcional ao dano causado. Por isso, ela é conhecida como a lei do “retorno igual”. 

No passado, este tipo de lei foi usado para impor justiça. O objetivo era punir os infratores da maneira que eles puniram suas vítimas, permitindo que as pessoas exercessem o seu próprio senso de justiça em vez de confiar em um sistema judicial. Esta crença foi mantida por muitos anos, resultando na aplicação de medidas drásticas contra aqueles que cometiam crimes. No entanto, com a evolução dos direitos humanos, a Lei de Talião foi gradualmente abandonada pelos Estados modernos, pois foi considerada injusta e excessivamente severa.

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Hoje, a Lei de Talião não é mais aceita como uma forma legítima de punição. Apesar disso, ela continua sendo uma referência para o princípio geral de retribuição e é usada para compreender a necessidade de punições apropriadas para qualquer ato prejudicial ou criminoso. O problema dessa lei é que, no fim, todos ficam cegos e banguelas.


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