Mapa das mortes
Latrocínios têm queda de 13,3% na Região Metropolitana no primeiro semestre
Levantamento do DG mostra 26 casos, contra 30 do mesmo período do ano passado
Ao menos nos crimes de latrocínio (roubo com morte) a meta estabelecida pela Secretaria de Segurança Pública, de reduzir em 2% dos crimes contra a vida e o patrimônio, foi batida com sobras no primeiro semestre. Foram 26 casos na Região Metropolitana contra 30 no ano passado, uma queda de 13,3%. Também houve queda no número de mortes de suspeitos em confrontos ou perseguições com a polícia. Foram 23 mortos, 11,5% a menos que no mesmo período de 2014.
No último balanço divulgado pelo Estado, no entanto, que considerou os números do primeiro trimestre, houve aumento de 24% nos roubos.
Em termos de homicídios, que teve aumento de 5,6% na Região Metropolitana, o diretor do Departamento de Homicídios da Capital, delegado Paulo Grillo, considera incerto determinar a possibilidade de atingir a meta.
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- Com a característica dos homicídios que temos, em sua maior parte atribuídos a drogas e armas, quando o homicídio acontece, significa que outros crimes que poderiam ser evitados já aconteceram antes. Para alguém morrer, houve o tráfico, houve o desacerto e alguém teve acesso a armamento. Então, para reduzirmos o número, é preciso muito mais do que investigar os assassinatos - afirma o diretor.
Nos números, ao menos a eficiência do departamento segue em alta. As seis delegacias especializadas de Porto Alegre remeteram 602 inquéritos à Justiça neste ano (nem todos referentes a crimes cometidos em 2015), com 67% de elucidação. Só na Zona Norte, onde a 3ª DHPP responde por 55 inquéritos de homicídios consumados no primeiro semestre, esse índice chega a 90%.
Mas, se 80% dos presos preventivamente por esses crimes este ano seguem na cadeia, ainda não há celeridade suficiente na punição. Nenhum dos indiciados desde 2012 na área da 3ª DHPP foi julgado até hoje.
*Diário Gaúcho