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Grupos de troca e venda no facebook se multiplicam pelo Rio Grande do Sul

Rede social reúne interessados por todos os tipos de produtos, de roupas e acessórios até eletrônicos e móveis, que seguem regras rígidas para evitar problemas durante a negociação

26/11/2013 - 10h02min

Atualizada em: 26/11/2013 - 10h02min


Matheus de Blanco (D), 23 anos, e Matheus Scariot, 20 anos, são moderadores de um grupo de venda e troca de roupas no facebook só para homens

Nunca foi tão rápido passar adiante a calça jeans esquecida no roupeiro, o sapato que aperta ou aquela tevê antiga. Pelo facebook, os negócios ficaram mais fáceis. Em todo o Estado, se multiplicam os grupos na rede social destinados a vendas ou trocas, sem custo para quem anuncia.

Os produtos que têm mais saída são roupas, acessórios, eletrônicos e móveis. Há espaços específicos para todos os gostos e tamanhos, com ou sem regras. Uns exclusívos para vestuário G e GG, outros para os PP e P, ou M. Redutos das apaixonadas por botas, por vestidos, os que só aceitam mulheres, os só de homens. E aqueles que misturam tudo.

O palco comum de muitas negociações pelo facebook é a rua, até porque pode ser um risco receber pessoas desconhecidas em casa. Para experimentar as roupas, banheiros de faculdades ou shoppings viram provadores, desde que a segurança não seja acionada.

Regras para as negociações

A vendedora de loja Cyndel Santos, 18 anos, há um ano usa o face para repassar o que não agrada mais. Antes, porém, ela e as amigas tinham o costume de vender umas para as outras. O diferencial é que, agora, o universo de clientes é bem maior.

- Já vendi câmera fotográfica, roupas, calçados, produtos de beleza. E rende um dinheirinho bom, já lucrei uns R$ 700 com isso - conta Cyndel.

Controlar o impulso da mulherada por produtos a preço baixo não é fácil.  A maquiadora profissional Méll Canabarro, 29 anos, integrava um grupo, não mais existente, no qual brigas durante as negociações eram comuns. Há um ano, ela convidou a mãe, Maria Canabarro, 50 anos, para cuidar de um novo espaço, com regras mais rígidas: o Brechó das Gurias de Caxias.

- No post, é obrigatório ter todas as descrições possíveis, tipo tamanho, numeração e valor. É inaceitável negociar inbox (por mensagens), todas têm de fazer seus negócios às claras (nos comentários). Sorte daquela que começou a negociação. As outras devem entrar na fila - explica Méll.

Nem todas, claro, seguem as normas. Para resolver, o primeiro passo é uma conversa. As reincidentes acabam excluídas. Assim como as caloteiras ficam conhecidas, as boas vendedoras e pagadoras ganham elogios públicos.

Brechó também é coisa de homem

Embora mais contidos nas negociações, os guris também precisam seguir regras rígidas nos espaços destinados exclusivamente para eles.

No Brechó Masculino - Caxias, criado no início do ano, circulam ofertas de roupas e acessórios. O critério básico - ser homem - já gerou reclamações de mulheres magoadas por terem sido excluídas. Os administradores do grupo, os vendedores Matheus de Blanco, 23 anos, e Matheus Scariot, 20 anos, também proíbem publicidade de lojas. No topo da página, estão as regras. Entre elas, a obrigatoriedade de informar tamanho e valor do produto e a delimitação de no máximo três up’s ao dia (quando o dono do post escreve nos comentários para que seu anúncio fique no topo). Ofensas são punidas com exclusões.

Eles não ganham dinheiro com o grupo. Entre os mais de 4,8 mil membros, o retorno pessoal é ter mais peças para comprar ou trocar e maior possibilidade de passar adiante o que não lhe interessa.

Confira alguns grupos de briques no facebook da Capital e da Região Metropolitana:

- Troca-troca (Brick entre amigos) - Eldorado do Sul

- Troca-troca (Brick entre amigos) - Guaíba

- Trocas e Vendas - Porto Alegre

- Compra, venda e troca - Charqueadas e região carbonífera

- Brique da Gurizada - Porto Alegre e Região

- Brique Virtual Poa

- Brique das Gaúchas


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