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Combate aos bandidos

Honda cria seguro para evitar difamação das 650F

Montadora lançou plano de seguro e rastreamento de veículo para sua nova moto

29/10/2014 - 07h06min

Atualizada em: 29/10/2014 - 07h06min


Montadora teme que modelo caia no gosto dos ladrões


A falta de segurança no país fez com que a Honda, uma das maiores fábricas de motos do mundo, criasse no Brasil um inédito sistema de seguro e rastreamento para seus veículos. Os japoneses temem que aconteça com as recém-lançadas CB 650F e CBR 650F o que ocorreu com a Hornet 600, que teve forte queda nas vendas depois após ganhar fama de ser desejada por ladrões e acabou saindo de linha em agosto.

A medida para acalmar donos das 650cc já existem no mercado, porém não eram feitas diretamente pela montadora. Em parceria com duas empresas especializadas, a Honda criou um sistema de rastreamento de veículos, instalado nas próprias concessionárias, além de seguro contra roubo e furtos. O custo é de R$ 3,3 mil por ano - no mercado paralelo, em geral, o valor ficaria em R$ 10 mil (cerca de 30% do valor da moto). Até o final do ano, o sistema será oferecido apenas em São Paulo e Rio, onde se concentram a maior parte das vendas - e dos roubos.

Em Porto Alegre, o rastreamento ainda não está disponível

Para as demais praças, incluindo Porto Alegre, o sistema de rastreamento ainda não será oferecido. O seguro, nesse caso, custa R$ 2,5 mil. Os valores são subsidiados pela montadora e podem ser pagos em dez vezes, sem juros.
Conforme a Honda, cerca de 80% dos casos de roubos e furtos de motocicletas são resolvidos por meio da atuação do rastreador. Porém, caso o veículo não seja encontrado, o dono recebe 80% do valor da moto (tabela Fipe), sem a necessidade de pagamento de franquia. O modelo assegurado receberá, ainda, a gravação do número chassi em 30 partes (tanque, farol, carenagem etc.), para dificultar o comércio de peças roubadas.

- É um sistema exclusivo para as 650 - informou o supervisor de relações institucionais da Honda, engenheiro Alfredo Guedes.

Em 2015, a montadora estuda expandir o sistema para outros veículos de grande porte. Para a linha Titan, de até 150cc, que corresponde à cerca de 30% de todas as motos vendidas no país, ainda não há previsão de um seguro específico.

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