Ceia de Natal
Preço do peru estará quase 20% mais caro neste Natal
Aumento no preço do principal item da ceia de Natal deve causar queda de até 5% nas vendas do produto
O protagonista da ceia natalina nem chegou aos supermercados mas o consumidor já pode se preparar: ter peru, chester e aves à mesa vai custar quase 19,1% mais do que no ano passado segundo uma previsão divulgada ontem pela Associação Gaúcha de Supermercado (Agas).
O salto ocorre devido a um aumento na margem de lucro do ICMS calculada pelo governo sobre estes produtos. O crescimento no valor é tanto que há previsão de queda de 5% nas vendas do produto. Entre os 21 produtos com expectativa de venda avaliada pela entidade este é o único que deve perder a preferência do consumidor.
A doméstica aposentada Dalva Ferreira da Rosa, 65 anos, nem viu os novos preços mas já avisa: este ano o frango simples irá substituir o tradicional peru.
_ Mesmo que eu tivesse dinheiro não pagaria tudo isso, é muito caro. Ano passado conseguimos comprar porque nos juntamos em família para pagar porque já estava caro.
Atenção à marca própria dos supermercados
O presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, ainda espera que o aumento no preço das aves recue. A redução, porém, não depende dos supermercados.
- Ainda esperamos que o Governo corrija esta distorção na substituição tributária das aves a tempo, já que este é apontado como o produto que não pode faltar na mesa dos gaúchos no Natal pelos consumidores.
Optar por marcas próprias do supermercado é uma alternativa. A rede Walmart Brasil informa que sua ave de marca própria estará de 20% a 25% mais barata que as aves natalinas das marcas líderes. Na rede, as aves começam a chegar no dia 15 de novembro.
Carnes, as principais vilãs do aumento
De modo geral, são as carnes as principais vilãs do aumento do preço da ceia de Natal, que está, em média, 5,5% mais cara. A carne suína terá alta média de 11,8% e os cortes bovinos de 10,7%.
Otimistas, os supermercadistas gaúchos projetam um crescimento de 6,6% nas vendas de Natal e Ano-Novo, na comparação com o ano passado.
As expectativas dos empresários dão conta de que as bebidas, sobretudo refrigerantes e cervejas, vão ultrapassar a carne bovina e as aves natalinas (frangões, perus e chester) como os itens mais vendidos pelos supermercados nas festas de fim de ano.