Prêmio internacional
Jovens cientistas do Vale do Sinos ganham prêmios internacionais
Estudantes da Fundação Liberato Salzano se destacam pelo mundo
Sonhar, pesquisar e colocar em prática aquilo que era só imaginação. Essa é a rotina de duas jovens cientistas, uma aluna e outra já formada pela Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, de Novo Hamburgo.
Acreditando no desenvolvimento da saúde e do meio ambiente, Natália Jardim, 18 anos, e Raíssa Müller, 20 anos, tiraram do papel projetos científicos e tecnológicos que influenciam o cotidiano das pessoas. Por isso, Natália recebeu um prêmio na China, e Raíssa, que voltou recentemente dos Estados Unidos, é finalista do Prêmio Claudia 2015.
De um lado, o desenvolvimento da Química, do outro, Eletrônica. As jovens cientistas começaram cedo a desbravar o mundo para espalhar boas ideias. Conheça as suas histórias!
Pelo bem do Rio dos Sinos
A pesquisadora Raíssa, que já conquistou 14 prêmios e menções honrosas internacionais, cursou Química na Fundação e estuda para entrar no curso de Neurobiologia, nos Estados Unidos. Ela é a criadora de um projeto inovador na área de meio ambiente:
- Em 2006, mais de 80 toneladas de peixe morreram no Rio dos Sinos, possivelmente, por derramamento de óleo. Decidi ali que faria um projeto para limpar o meu rio.
A jovem desenvolveu um material que funciona como esponja, com alta capacidade de absorção, para a contenção de derramamentos de óleo. Sua fabricação em larga escala é estudada.
Raíssa desenvolveu sistema para retirar óleo de água - Foto: Arquivo pessoal
Atualmente, Raíssa é Jovem Embaixadora do projeto Aprender Ciência Brincando, uma parceria do Museu de Ciências de Boston para promoção da ciência, engenharia e tecnologia em oficinas para jovens brasileiros, e foi indicada ao Prêmio Claudia 2015, como Revelação.
Para facilitar a vida de quem se exercita
O projeto da Natália, estudante de Eletrônica, é um dispositivo portátil que monitora a temperatura corporal durante o exercício físico, por intermédio de um sensor na pele. Ele alerta o momento que a pessoa deve fazer a reposição hídrica, ou seja, tomar a quantidade ideal de líquido. O projeto ganhou o Prêmio Killing de Tecnologia, em Novo Hamburgo, em 2014.
No mês passado, a iniciativa foi parar no China Adolescents Science & Technology Innovation Contest 2015, em Hong Kong, onde a gaúcha ficou em segundo lugar. Mais de 500 estudantes e 70 professores de 35 países participam anualmente desta premiação. Natália teve a ideia ao ver uma reportagem sobre atletas com problemas de desidratação.
- Meu objetivo era desenvolver um objeto prático e econômico, que ajudasse atletas e pessoas que precisam de hidratação mais controlada - explica Natália, que pretende transformar a ideia em aplicativo.