MPT/RS
Servidores terceirizados e estagiários são demitidos do Ministério Público do Trabalho no RS
Cortes atingem 70 profissionais no Estado e 21 estagiários na Capital
Uma orientação de redução de gastos vinda da Procuradoria-Geral do Trabalho, em Brasília, chegou à divisão regional do órgão no Rio Grande do Sul. De um total de 130 servidores terceirizados que trabalham em todo o Estado, devem permanecer 60: cerca de 20 já foram dispensados, e a previsão é desligar os outros 50 até o fim de maio. Na Capital, 21 estagiários serão dispensados nesta sexta-feira.
O orçamento previsto para o Ministério Público do Trabalho no Estado em 2016 seria de R$ 11,5 milhões, conforme o procurador-chefe do órgão, Rogerio Uzun Fleischmann. Sobre esse total, houve um corte de aproximadamente R$ 4 milhões. É esse dinheiro que paga diversas despesas, entre elas salários de servidores terceirizados.
As demissões atingem vigilantes, contínuos (office-boys), copeiras, serventes de limpeza, recepcionistas e telefonistas. Fleischmann garante que serão reduzidas, ainda, despesas com locações, diárias, passagens.
– Infelizmente, se perde um pouco na rapidez da prestação do serviço, mas a qualidade se mantém – ponderou o procurador-chefe.
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Na segunda-feira, os estagiários receberam um e-mail informando que teriam seus contratos rescindidos. O texto dizia que o "orçamento do Ministério Público do Trabalho sofreu diversos cortes, exigindo da administração a adoção de uma série de medidas indesejadas, as quais são essenciais para preservar a continuidade das atividades finalísticas do Órgão".
A bolsa-auxílio paga para todos os estagiários é custeada pela PGT. Cada um recebe cerca de R$ 1 mil. Conforme Fleischmann, a orientação foi ter, no máximo, 28 em todo o Rio Grande do Sul. Serão mantidos 24, nenhum de Porto Alegre.
– As quatro (vagas) que faltam vão ser cortadas para inteirar esses R$ 4 milhões que tem de ser cortados na Procuradoria Regional. Vai ser feita uma compensação – explica Fleischmann ao Diário Gaúcho.
Ele ainda diz que seria inviável manter mais estagiários.
– Se a procuradoria quisesse manter mais, teria que fazer outros cortes, e não temos mais de onde cortar – aponta.
* Diário Gaúcho