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Guerra pela clientela

Taxistas confundem família com Uber e agridem irmãos em Brasília

Também nessa terça-feira, taxistas e uberistas brigaram em posto de combustíveis ao lado do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek

01/06/2016 - 12h40min

Atualizada em: 01/06/2016 - 12h42min


A disputa pela clientela entre táxis e ubers está acirrada em diversos lugares do mundo, e não é diferente no Brasil. Contudo, por aqui, alguns lugares mais se parecem com uma guerra. Em Brasília, a noite dessa terça-feira foi marcada por um conflito entre os motoristas dos dois serviços de transportes em um posto de combustíveis ao lado do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek e também pela agressão a uma família que foi confundida com Uber.

Nesse último caso, uma das vítimas foi o vendedor Clécio Alves. Em entrevista à Rede Globo, ele contou que voltava de Recife acompanhado de três irmãos e a mulher de um deles os esperava no aeroporto. Quando embarcaram no carro e seguiram viagem, foram seguidos por taxistas.

– Um taxista cortou farol para a gente, passou por nós em alta velocidade, começou a xingar, chamar de bandido, de cambada de safado. Aí ele cortou a nossa frente e brecou com muita força. Meu irmão tentou frear, bateu. Ele foi para lateral, falou: "gente, desculpa aí, desculpa aí, vamos resolver. Me segue, segue aí". Meu irmão seguiu – disse ele.

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No entanto, quando encostaram o veículo, viram que se tratava de uma armadilha. Ele relata que eram aproximadamente 50 taxistas batendo nele e em sua família:

– Um gritava: "Mata que é Uber, mata que é Uber". E eu falava: "gente, a gente é família, estamos chegando de viagem, não faz isso, não". Um puxou um punhal para poder tentar matar meu irmão mais velho. Eu peguei, avancei em cima dele. Quando eu avancei nele, eu levei uma paulada na cabeça, caí no chão. Na hora que eu caí no chão, começaram a bater muito em mim.

De acordo com o G1, o homem ficou com ferimentos no rosto e teve o carro danificado. Ninguém chegou a ter lesões graves, mas os irmãos registraram o caso na 10ª Delegacia de Polícia de Brasília, onde reconheceram um dos agressores por foto. Outros motoristas do Uber também estiveram no local para denunciar agressões.

O outro caso de briga, no posto de combustíveis, foi gravado por câmeras de celular. A presidente do Sindicato dos Permissionários de Táxis e Motoristas Auxiliares do Distrito Federal (Sinpetaxi), Maria do Bomfim, responsabilizou os concorrentes pela confusão:

– O Uber provocou um dos meninos e ele foi responder. Isso acabou se tornando uma briga generalizada – disse ao Correio Braziliense.

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Em nota, a Uber destacou que considera inaceitável o uso de violência: "Todo cidadão tem o direito de escolher como quer se mover pela cidade, assim como o direito de trabalhar honestamente". De acordo com o jornal local, a empresa criou um endereço de e-mail e um número de telefone para casos de emergência envolvendo seus prestadores de serviço no Distrito Federal, e orienta os motoristas a contatem imediatamente a polícia sempre que se sentirem ameaçados.

Cabe salientar que, em Brasília, desde o fim do ano passado, os serviços de transporte individual privado, como o Uber, estão regulamentados.



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