Seu problema é nosso
Cinco meses após queda de muro de contenção, solo está cedendo em rua de Porto Alegre e representa risco
Segundo o Dep, não há previsão para conserto do muro
Cinco meses após desabar, um muro de contenção que ficava na Rua Cangussu, no Bairro Nonoai, Zona Sul da Capital, ainda faz falta para os moradores do local. Com a queda da barreira, o solo passou a ceder. Assim, no fim da rua, a área abaixo do asfalto está ficando oca.
Leia mais notícias da seção Seu Problema é Nosso!
A estrutura, que desabou durante temporal em 4 de janeiro, servia para evitar que a terra desmoronasse para o interior do Arroio Passo Fundo, que corre ali.
Em 23 de março, quase três meses depois da queda, o Diário Gaúcho retratou o problema. Na época, o medo dos moradores era de que a terra continuasse cedendo. E isso segue ocorrendo.
Com a chuva das últimas duas semanas, a situação piorou. O solo desmorona com mais frequência. Entre os riscos para quem mora na área, estacionar o carro na garagem de casa é o principal, já que o medo de o asfalto ceder é constante.
Moradora da Cangussu desde que nasceu, a auxiliar administrativa Sílvia Regina da Silveira Candia, 51 anos, teme que alguém desavisado possa se acidentar no local. Segundo ela, a área foi isolada pela prefeitura somente na semana passada.
Sem contrato nem previsão de conserto
Em março, o Departamento de Esgotos Pluviais (Dep) afirmou que, para refazer o muro, seria preciso abrir licitação e contratar uma empresa terceirizada. Qualquer tipo de contratação estava suspensa pela prefeitura até o início de maio. Somente após essa data, o órgão poderia voltar a contratar serviços. Mas isso não aconteceu.
Procurado pela reportagem, o Dep afirmou que sua Seção Sul, responsável pela área onde o muro caiu, segue sem contrato vigente com uma terceirizada. E isso ocorre desde junho de 2016.
Leia mais
Mulher de Gravataí recebe tratamento para câncer após dois meses de atraso
Alagamentos, lama e buracos: as consequências da chuva nas ruas da Região Metropolitana
Sem pavimentação, ruas de Viamão estão cheias de lama e buracos
Segundo o órgão, o projeto-base de contratação de empresa para realizar pequenas obras já está em fase final de elaboração e encaminhamento para licitação, mas não há uma previsão para o conserto do muro de contenção.
O Dep orienta os moradores a manter distância de 2m da parte que está desmoronando, por questões de segurança.