Explica aí
Diário Gaúcho te ajuda a tirar dúvidas sobre o escorpião-amarelo
Quem responde é a bióloga e chefe do Núcleo de Fiscalização Ambiental da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde da Capital Fabiana Ninov
Para falar sobre o escorpião-amarelo, o Diário Gaúcho convidou a bióloga Fabiana Ninov, chefe do Núcleo de Fiscalização Ambiental da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde da Capital.
Escorpiões-amarelos já foram visualizados em Porto Alegre cerca de 80 vezes neste ano. Por que este número tão alto?
O escorpião-amarelo está muito bem adaptado em Porto Alegre desde 2001. Em função do tipo de reprodução do animal – só existem fêmeas na espécie, e elas se autoreproduzem – é esperado que a cada ano aumente o número de visualizações. Também contribuem para isso a grande oferta de alimento (baratas) e local para abrigo do artrópode (entulhos, madeiras podres, terrenos abandonados, lixo etc.).
Como evitar o aparecimento do animal?
Mantendo os locais livres de lixo e entulhos, ou seja, com muita limpeza.
O que fazer ao visualizar um escorpião-amarelo?
Ligar para o telefone 156 da prefeitura de Porto Alegre e informar nome, endereço e telefone de contato. Se possível, enviar também uma foto do animal. Se houver possibilidade de captura com segurança, levar o animal para identificação no Laboratório de Entomologia da Vigilância em Saúde (Avenida Padre Cacique, 372 – Menino Deus).
E em caso de picada?
Ir ou levar a vítima para o Hospital de Pronto Socorro (HPS – Largo Teodoro Herzl, s/nº), onde a situação será analisada e, em caso de necessidade, aplicado o soro antiescorpiônico. Na imensa maioria dos acidentes não é necessário, mas é importante a observação do paciente por profissionais capacitados.
Um vídeo que circulou pelas redes sociais mostra uma mulher afirmando ter encontrado um escorpião-amarelo em folhas de rúcula. É comum que o animal apareça em verduras? É preciso tomar cuidado ao manipular os alimentos?
O escorpião-amarelo poderá ser encontrado em verduras, frutas, hortifrutigranjeiros em geral. Em Porto Alegre, em duas ocasiões o animal foi encontrado em verduras.