Lá em Casa
Cris Silva e as lembranças sobre a virada de ano que transformou sua vida
A colunista escreve sobre maternidade e família todas as sextas no Diário Gaúcho
Há três anos, sempre que esta época do ano chega, eu lembro de 2015. É impossível esquecer o que aconteceu comigo. Uma situação que me fez encerrar alguns ciclos e iniciar outros. Eu explico tudo para vocês na coluna de hoje.
Ciclo de mudança
23h20min do dia 31 de dezembro de 2015: eu tive um ataque relâmpago - desmaiei, acordei, enrolei a língua e não falava uma palavra direito. Deixei todos apavorados e só me restou ouvir os fogos de artifício do Gasômetro dentro de um aparelho de ressonância magnética no hospital. Me viraram do avesso e... nada.
Mentira! Estava lá o tempo todo: estresse. E esse foi o marco de 2015, motivo pelo qual veio a mudança na minha vida. Resolvi encerrar um ciclo profissional: dar uma pausa na RBS TV e começar outro. Aliás, outros: rádio e jornal, também no Grupo RBS.
Leia também
Cris Silva e a "dieta do não"
Cris Silva e o conselho de mãe: "Hoje não deu, mas amanhã vai dar"
E este ano?
Na vida pessoal, foram altos e baixos, mas acredito que passando a régua, acabo este ano em alta, graças a Deus. Vamos à equação:
- Lamentei a morte precoce de amigos queridos, mas...
- Também comemorei o nascimento de outros amiguinhos.
- Chorei de saudade, mas...
- Também dei muitas gargalhadas ao reencontrar amigos.
- Me decepcionei com algumas pessoas, mas...
- Me surpreendi positivamente com outras.
- Conheci pessoas incríveis e leais.
- Comecei na academia (e não parei - uhuuuu).
- Sofri com as mortes violentas da nossa cidade, mas...
- Fiquei feliz ao ver amigos curados de doenças violentas.
- Arrisquei e ganhei.
Total: eu vivi. E aprendi que é preciso parar, pensar e escolher um caminho a seguir.
O mundo girou
É impossível não pensar o quão intenso foi 2015. Eu literalmente surtei por não conseguir pensar em mim. O trabalho sufocou minhas vontades e eu nem sabia direito quais eram.
Bastava apenas me ouvir. Silenciar o resto todo para prestar atenção no que o meu coração falava. Veio 2016 e comecei a me encontrar. Veio 2017 e eu nem imaginava como seria especial. Engravidei. Ganhei mais espaço no trabalho. Fiquei mais feliz. Agradeci.
E veio 2018. No início, ganhei meu maior presente, meu filho. No meio do ano voltei ao trabalho, comecei novos projetos profissionais que me deixaram ainda mais feliz e encerro este período com chave de ouro, brindando às novas amizades.
Nesse momento em que restam poucos dias de 2018 e vem chegando uma imensidão de 2019, tenho apenas uma coisa a dizer: OBRIGADA! Que venham os próximos 365 dias. Que sejam de altos e baixos, mas que, lá no fim, eu me torne uma pessoa melhor, como “2015” me tornou: uma versão melhor de mim mesma.
Para vocês, o desejo mais sincero de um ano incrível. Sejam felizes, sejam vocês!