Seu Problema é Nosso
Em Alvorada, obra parada incomoda na Praça Central
Segundo o guarda municipal Paulo Ricardo da Silva, 51 anos, os serviços de construção estão abandonados desde agosto, juntando lixo, ratos e baratas
Há quatro meses, uma obra inacabada na Praça João Goulart, em frente ao quartel da Brigada Militar, na Rua Roberto de Souza Feijó, bairro Bela Vista, em Alvorada, vem incomodando quem passa pelo local. É o que conta o guarda municipal Paulo Ricardo da Silva, 51 anos, que trabalha próximo à praça.
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— Seria uma obra de banheiros. É um local onde passam muitas pessoas. Eu já expus à prefeitura várias vezes, mas eles não fazem nada — conta Paulo.
Os serviços de construção, segundo o guarda municipal, estão abandonados desde agosto, juntando lixo, ratos e baratas. Além disso, conta o leitor, o espaço é utilizado por moradores de rua e usuários de drogas, causando ainda mais sujeira.
O guarda relata que há crianças expostas à situação, dado que há um parquinho bem próximo à obra. A Praça João Goulart é ponto de lazer e entretenimento para a comunidade de Alvorada e um dos principais locais de realização de eventos. Paulo afirma que, em uma visita para verificar a situação, constatou o acúmulo de água, dejetos humanos e resquícios do uso de entorpecentes.
— Tinha de tudo, resto da obra, concreto quebrado, lixo, rato e até platina (um objeto metálico para o uso de crack) — afirma Paulo.
Tapumes
O guarda municipal também conta que não há qualquer tipo de proteção que inviabilize o acesso ao local. Quem quiser pode entrar, já que os tapumes que limitavam a passagem de terceiros foram todos retirados. Além disso, o leitor teme que as poças de água acumulada na obra acabem virando um ponto de proliferação de doenças.
— Há uma água esverdeada parada no local — afirma o leitor.
Contrato com empresa será rescindido
A Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Juventude (SMCEJ) — que responde pelas áreas de lazer do município — informou, em nota, que a obra de revitalização da Praça João Goulart (Central) não foi concluída pela empresa Grupo JM. O motivo, segundo a prefeitura, seria que a companhia “alega não possuir capital financeiro para dar andamento na obra”. A SMCEJ afirma que não há problemas em repasses por parte da prefeitura, estando todos os pagamentos em dia.
O comunicado oficial também informa que a prefeitura está “providenciando a rescisão contratual com a empresa contratada” e que foi aberto processo administrativo para “apurar irregularidades quanto à inexecução da obra”. Se o contrato for rescindido, a prefeitura irá realizar licitação para selecionar uma nova empresa. A partir da rescisão, o processo demoraria até 90 dias, segundo a SMCEJ.
Produção: Ásafe Bueno