Notícias



Seu Problema é Nosso

Abandono de terreno público incomoda frequentadores de igreja no bairro Cristal, em Porto Alegre

Vegetação alta, lixo e animais mortos são alguns dos problemas encontrados no terreno ao lado do templo na Rua Doutor Raul Moreira

19/02/2019 - 13h01min

Atualizada em: 19/02/2019 - 13h57min


Omar Freitas / Agencia RBS
Pastor mostra a sujeira no terreno da prefeitura

O pastor Rodrigo Correa Rolof, 36 anos, está com dificuldades ao realizar ações beneficentes para crianças carentes na igreja Assembleia de Deus, na Rua Doutor Raul Moreira, 1.200, no bairro Cristal, em Porto Alegre. Com vegetação alta e sem uso, um terreno ao lado do templo, que pertence ao município, virou dor de cabeça para fiéis da congregação Mato Grosso. 

Leia mais
Depois de matéria no Diário Gaúcho, morador de Porto Alegre ganha bateria nova para cadeira de rodas elétrica  
Morador de Canoas realiza cirurgia para amenizar Parkinson, após reportagem do Diário  No IPTU de Gravataí, rua é asfaltada, mas moradores provam o contrário  

Gerando mau cheiro, os dejetos descartados no matagal dificultam atividades que Rodrigo e os obreiros da igreja desenvolvem. Além de aconselhamento a famílias carentes, refeições são oferecidas para a gurizada da Vila Pedreira todos os domingos, de graça. 

— Tem muito bicho morto. A gente achou uma cobra de um metro, que foi pro pátio da igreja. Quando as crianças vão comer, fica cheio de moscas. Não há ambiente para refeições — conta. 

O caso foi abordado pelo Diário Gaúcho nas edições de 9 e 17 de fevereiro de 2017. À época, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) fez uma limpeza no local, retirando o lixo do terreno, conforme o pastor Rodrigo. No entanto, a grama e o mato não foram cortados. O resultado: a vegetação continuou crescendo, atingiu o muro da igreja, o terreno continuou inutilizado, e a sujeira e os animais, vivos ou mortos, voltaram. 

Omar Freitas / Agencia RBS
O lixo ao lado da igreja traz incomodações a fiéis

— Com o calor, a gente fica até com medo de doenças, como dengue, naquele mato — relata o leitor. 

Trabalho 

Em grande quantidade, pedras, tijolos e cimento quebrado, bem como móveis usados, madeira, galhos e restos de lajotas são depositados no local, de forma irregular. Rodrigo relata já ter presenciado as cenas. 

— As pessoas passam, às vezes com caminhão, e depositam entulho. A gente liga para prefeitura, e o que acontece? Nada, nada e nada. Só dizem que está em andamento — relata o pastor, que registrou protocolo de reclamação número 0265391900, já vencido. 

Não aguentando a situação, o Rodrigo, junto a outros membros da congregação, tentaram limpar o terreno. No entanto, o trabalho se revelou difícil. 

— Faz dois anos que eu e os obreiros viemos limpando, mas conseguimos só uma parte, para não ficar muito feio. É muito trabalho, precisaria de muita gente, a própria igreja fez um mutirão mas, mesmo assim, não conseguimos limpar tudo. Eu sou pastor da igreja e tenho que tirar cachorro morto dali — afirma. 

Limpeza da área prevista para março 

Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) informou que, “de acordo com a Divisão de Limpeza e Coleta do Departamento Municipal de Limpeza Urbana”, a próxima capina e corte da vegetação do local estão programados para março. Sobre o lixo em frente e dentro do lote, a SMSUrb comunicou que também será retirado conforme a programação da capina, no mesmo mês. 

Produção: Ásafe Bueno

Leia outras notícias da seção Seu Problema é Nosso 



MAIS SOBRE

Últimas Notícias