Seu Problema é Nosso
Depois de matéria no Diário Gaúcho, morador de Porto Alegre ganha bateria nova para cadeira de rodas elétrica
João Luís Bizarro, 58 anos, morador do bairro Rubem Berta, precisava de uma bateria nova para sua cadeira de rodas elétrica. A doação aconteceu no mesmo dia da publicação
Subir e descer a rampa de casa não é mais um problema para João Luís Bizarro, 58 anos, morador do bairro Rubem Berta, zona norte da Capital. Na terça-feira passada, foi publicada no Diário a história de João, que precisava de uma bateria para sua cadeira de rodas elétrica. Sem condições de comprar o equipamento, que custa R$ 600, ele contou com doadores.
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— Estou muito feliz e ansioso para instalar a bateira na cadeira — expressava João, com a bateria nova nos braços.
Pessoalmente
Um dos doadores foi o comerciante Clério Portal, 34 anos, também da Capital, que comprou a bateria.
— Senti que deveria ajudar. Pedi para uma funcionária entrar em contato com a sobrinha dele e já combinamos tudo — conta Clério.
Sobrinha de João Luís, Gabriele Rocha, 32 anos, indicou o local da assistência da cadeira, mas o equipamento novo só estaria disponível em abril.
Mesmo assim, comovido com a situação de João, o comerciante buscou outras assistências, até encontrar o material:
— Fui em 12 locais especializados, foi difícil achar.
O valor pago pela troca da bateria foi de R$ 600. O equipamento foi entregue pessoalmente.
— O valor que eu paguei não corresponde ao benefício que essa cadeira elétrica traz para a vida dele — afirma Clério.
Entre presentes, uma nova geladeira
Além da doação da bateria, a campanha da vaquinha online atingiu o valor de R$ 825.
— Vamos utilizar esse dinheiro para o conserto da cadeira manual, que está com o eixo quebrado. Vamos trocar os pneus, também. Se sobrar, vamos colocar em dia contas do meu tio — conta Gabriele.
Outro doador foi o mecatrônico Fagner Silveira de Souza, 31 anos, morador de Gravataí, que mobilizou os amigos. Como a bateria já tinha sido comprada, Fagner entregou a João uma geladeira e uma cesta básica:
— Fiquei triste ao ler a situação e quis ajudar. Mesmo com dificuldades, foi muito bom ver que ele é alegre. Me emocionei ao fazer a entrega das doações — conta Fagner.
— Estou com a casa mobiliada e com o armário cheio (com alimentos) – diz João, que recebeu Fagner com a família e um amigo.
João pensa em voltar a trabalhar:
— Antes, eu trabalhava cuidando de carros e entregando folhetos em um restaurante. Agora, quero voltar, porque me viro nos 30.
Produção: Caroline Tidra