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Retorno singelo

Dinheiro arrecadado com parquímetros servirá apenas para manutenções de rotina, em Alvorada

Implantada há cerca de cinco meses em Alvorada, as áreas de estacionamento rotativo ainda geram confusão entre motoristas. Dinheiro arrecadado não deve ser usado para grandes obras

01/02/2019 - 09h31min


Alberi Neto
Alberi Neto
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Ronaldo Bernardi / Agência RBS
Sindel acredita que implantação do serviço ajudou na "democratização" das vagas

Desde o final de setembro, quem costuma parar na região central de Alvorada precisa pagar para estacionar o carro. Cerca de 650 vagas foram demarcadas para o sistema de estacionamento rotativo — conhecido como área azul. A cobrança — que varia entre R$ 1 e R$ 4, dependendo do tempo de utilização da vaga — tem gerado divergências, principalmente quando se fala do retorno destes valores em melhorias para o município. 

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Desde a implantação do serviço, no dia 24 de setembro, até 31 de dezembro, o estacionamento rotativo de Alvorada arrecadou R$ 224 mil, segundo a prefeitura.  

Porém, apenas 15,5% destes valores vão para a cidade. Conforme estabelecido em contrato, o restante fica com a empresa responsável pela área azul, que foi escolhida por meio de licitação. Assim, do dinheiro arrecadado até o momento com os parquímetros, R$ 34.868,00 foram para o caixa do município. Conforme o secretário de Segurança e Mobilidade Urbana, Sérgio Coutinho, o dinheiro não será aplicado em nenhuma obra específica nas ruas da cidade.

— É um valor pequeno no orçamento. Então, usamos para cobrir os custos das manutenções de rotina, como operações tapa-buraco, que ocorrem diariamente em Alvorada — explica Sérgio.

Crescimento

Como o serviço foi implantado no final de setembro, somente outubro, novembro e dezembro foram meses completos de arrecadação. Nestes três meses, o repasse mensal à prefeitura ficou na casa dos R$ 10 mil. Mas Sérgio acredita que o número pode crescer ao longo do ano.

— No começo, as pessoas "fogem" da área azul, por não estarem acostumadas. Agora, estamos notando um aumento no uso das vagas. É um sistema moderno, a pessoa pode baixar o aplicativo no celular e nem precisa ir até os parquímetros — conta o secretário.

Ronaldo Bernardi / Agência RBS
Quem não paga, leva notificação para regularizar o problema

 Aprovado com ressalvas

Para quem precisa ir à região central da cidade frequentemente, a demarcação das zonas azuis até ajuda. Isso porque muitas vagas eram utilizadas por pessoas que trabalham na região, ocupando o espaço durante o dia todo. Agora, com o estacionamento rotativo, é possível permanecer somente duas horas nas vagas. Para a professora Sindel Martins, 31 anos, os primeiros dias de estacionamento rotativo foram complicados.

— Era difícil achar parquímetros. Agora, acho que colocaram mais. Além disso, tem alguns fiscais que também ajudam — aponta a professora.

Já o porteiro Douglas Pasqualito Quos, 27 anos, não teve uma boa experiência com a área azul. Depois de estacionar, ele teve dificuldades em achar um parquímetro ou um fiscal. Porém, quando retornou ao veículo, havia recebido uma notificação para regularizar a situação.

— Rodei muito atrás de um parquímetro, mas estavam cadeados, mesmo ainda sendo dentro do horário de funcionamento. Fiquei sem saber o que fazer. Podia ser melhor sinalizado onde fica os parquímetros ou os pontos de venda de tickets. Nem todo mundo tem o aplicativo — recorda Douglas.

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