Nesta sexta-feira (28) é o Dia Internacional do Orgulho Gay. No mundo todo, ocorrem eventos para mostrar o quanto a gente precisa ser tolerante com o sentimento alheio. Acredito que toda a forma de amor é válida. Aliás, essa data ficou conhecida mundialmente justamente pela falta de respeito e tolerância com o próximo.

Na madrugada de 28 de junho de 1969, uma batida policial no bar Stonewall Inn, em Nova York, terminou em muitas agressões e humilhações. O bar era frequentado por gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais e, por esse motivo, os policiais faziam batidas frequentes – enquanto outros bares, da mesma rua, não tinham nenhuma visita da polícia. Só que, nesse dia, o grupo resistiu, a tensão tomou proporções mais violentas e ganhou o apoio da comunidade que, mesmo após o fim do episódio no bar, foi às ruas protestar e exigir igualdade de direitos. 

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Li sobre isso há bastante tempo. E li também, na semana passada, reportagem que trazia o desabafo de uma mãe porque seu filho, de 25 anos, foi espancado até perder os sentidos. E sabe por quê? Porque é gay. Pelo amor de Deus, minha gente... Chega, né? 

Mãe de menino

Eu fiquei pensando nas palavras da mãe que criou esse filho com tanto carinho e amor, que ensinou os valores de respeito e agora estava no pé da cama do hospital, pedindo que ele não fosse embora, que resistisse e ficasse vivo, porque ele é a única pessoa que ela tem na vida. Que dó. Eu, que sou mãe de menino, me coloquei no lugar dessa mulher. O dia de amanhã ninguém sabe, mas o que sei é que, se meu filho escolher amar um homem, terá sim o apoio da nossa família. Terá toda minha força para assumir seus sentimentos, seja qual for e por quem for. Isso é amar. Isso é ser família. A vida passa tão depressa que não podemos nos privar de sentir algo tão lindo. E sofrer por algo guardado traz uma tristeza imensa, não dá. 

Outra coisa que não dá é pra conviver com o sentimento de impotência sobre algo. A reportagem da agressão do jovem terminava com a mãe dizendo que, hoje em dia, a maioria das pessoas tem medo de sair na rua por causa da insegurança. Por isso, a gente não sai com uma joia, deixa o celular em casa, a gente se previne, mas no caso do filho que é gay, ela se sente impotente. Ela não tem como dizer “Vai lá, meu filho... Vai com Deus, mas deixa o que tu sentes aqui em casa”. 

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Que hoje seja um dia para a gente lembrar que todas as pessoas merecem respeito e que todas as mães merecem ver seus filhos felizes e amando, seja quem for.

Bazar da coragem

O inverno chegou e, com ele, uma edição quentinha do tradicional Bazar da Coragem do Instituto do Câncer Infantil (ICI). Nesta sexta e no sábado (29), das 10h às 18h, na sede do ICI (Rua São Manoel, 380, em Porto Alegre), os visitantes terão à disposição o trabalho de cerca de 19 artesãos com artigos pessoais, itens para casa e opções de presente, além de alimentação no local. 

Esta edição ainda contará com o brechó solidário, que terá peças novas, com etiquetas. Do valor arrecadado, 10% será revertido para o ICI. A entrada é franca.