Ponto de lazer
Três meses após inauguração, o Diário Gaúcho foi conferir como está a Lagoa do Cocão
Parque é elogiado por frequentadores pela limpeza e segurança. Porém, ontem, manutenção em alguns pontos não estava em dia
Aos poucos, tem virado tradição dos moradores de Alvorada, na Região Metropolitana, usar o tempo livre dos finais de semana para curtir o parque da Lagoa do Cocão. Nesta semana, o local completa três meses de funcionamento. Por isso, a reportagem foi ao local ontem e conferiu as condições do parque depois dos primeiros 90 dias de portões abertos.
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Em relação ao espaço em geral, está tudo em dia — desde a capina, gramados, até a conservação dos bancos, quadras e brinquedos das pracinhas. Mas existem problemas apontados pelos frequentadores, como a retirada de luminárias de LED do deque da lagoa e o desligamento de pelo menos dois postes da pista que rodeia a margem do lago.
Lâmpadas
Biólogo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smam) e um dos responsáveis pelo gerenciamento do parque, Sandro Luís Ribeiro garante que os problemas estão sendo resolvidos.
— O contrato com a empresa que fez a obra ainda está passando por adequações. Algumas lâmpadas do deque e dos postes não estavam funcionando corretamente, por isso foram removidas para manutenção. É um processo normal — garante Sandro.
Entre o final do ano passado e o início de 2019, o Diário Gaúcho acompanhou o processo de revitalização da lagoa. Das promessas da prefeitura para o pleno funcionamento da estrutura, apenas a instalação de um café ainda está pendente.
Segurança
Atualmente, o contêiner que deve abrigar o comércio está sendo usado como base para equipes da Guarda Municipal (GM) e de manutenção. A segurança do espaço, aliás, foi um dos tópicos mais discutidos antes da inauguração. Na visita de domingo, a reportagem contou ao menos seis agentes na área. A presença deles é permanente, inclusive quando os portões estão fechados, garante o biólogo da Smam.
Para quem vive no bairro Intersul e nas proximidades, a criação do espaço trouxe um novo ar à região. Segundo a prefeitura, cerca de 3 mil visitantes frequentam o espaço semanalmente. Anteriormente, o único ponto de lazer mais destacado do município era a Praça Central, nas proximidades da prefeitura.
Escolas
Além da contemplação e lazer, a lagoa tem sido usada educacionalmente. Um projeto da administração municipal leva alunos da rede pública para conhecer o parque durante a semana. Diversos eventos da cidade também têm tido o espaço como palco para sua realização.
— Estamos muito felizes com o comportamento da população, que tem preservado a área e respeitado as normas de uso — comemora Sandro.
Descentralização do lazer é aprovada
Morador do bairro Intersul desde o nascimento, o gestor de estoque Jeremias Cavalheiro, 28 anos, está feliz com o parque ao lado de casa. Junto à esposa, a dona de casa Jéssica Cavalheiro, 25 anos, e ao filho, Josué, três anos, as visitas à lagoa são frequentes. A família elogia a conservação do local e a tentativa de descentralizar o lazer na cidade.
— Foi bom terem criado algo fora do Centro. Aqui era um espaço conhecido da cidade, mas desvalorizado. Valorizou o meio ambiente e a população ao redor — acredita Jeremias.
Para Jéssica, o reforço na segurança dá ainda mais tranquilidade:
— Eu costumo vir só com o Josué durante a semana também. A presença dos guardas é importante.
Para o comerciante Alessandro Ribeiro, 30 anos, a revitalização deixou o local muito bonito. Apesar de elogiar a limpeza e a segurança do espaço, Alessandro chama atenção para “pequenos problemas”.
— É um espaço muito legal, mas tem que manter as coisas funcionando. Vi que já tem algumas lâmpadas faltando e não consegui usar o bebedouro hoje (domingo) — cita ele.
Espaço de comércio está sendo licitado
Sobre o contêiner onde está funcionando a base da prefeitura, a administração esclarece que é algo provisório. Um aditivo no contrato de revitalização foi feito e, nos próximos 90 dias, uma nova base para os guardas e a equipe de manutenção deverá ser entregue. O espaço do café será utilizado assim que a licitação do espaço for concluída. Segundo o biólogo responsável pela área, isso deve ocorrer em cerca de 120 dias.
Sobre o não funcionamento dos bebedouros relatados por um frequentador, a prefeitura explicou que um problema na Estação de Tratamento de Água (ETA) da Corsan deixou vários bairros da cidade sem água durante o domingo, afetando também os aparelhos do parque.