Seu Problema é Nosso
Veículos invadem a contramão para desviar de buracos no Jardim Algarve, em Alvorada
A grande quantidade de buracos espalhados pelas vias indigna os moradores, que temem sofrer prejuízos. A prefeitura não tem previsão de data para operação tapa-buracos
Transitar de carro pelo bairro Jardim Algarve, em Alvorada, é torcer para não ter prejuízos. A grande quantidade de buracos espalhados pelas vias indigna os moradores. O problema já foi mostrado no Diário Gaúcho, na edição de 4 de março deste ano.
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Contudo, no dia 21 de maio, um acidente agravou a preocupação de quem desloca-se pelo bairro. As imagens da câmera de segurança de uma chapeação na Rua Hermínio Rodrigues Machado mostraram o momento exato em que um ônibus, que desviava dos buracos, chocou-se contra um carro, que vinha no sentido oposto.
— Deu para ver que o ônibus não estava rápido. O carro estava com maior velocidade e não freou quando viu o ônibus vindo na contramão — explica a proprietária da chapeação, Morgana Nonemache, 30 anos.
Segundo Morgana, o local do acidente é uma das ruas com maior circulação no bairro.
Procurada pela reportagem, a empresa do ônibus envolvido no acidente não quis se manifestar sobre o ocorrido nem sobre os buracos de Alvorada. O motorista do veículo sobreviveu ao choque.
Prejuízos
O empresário Everton Genez de Assis, 37 anos, que também já sofreu danos devido aos buracos, relata que é impossível não desviar.
— Em geral, as piores ruas são aquelas em que os ônibus transitam. Aí, a prefeitura até arruma a pista, mas logo depois volta a ser destruída pelo peso dos veículos — afirma o empresário.
Outra pessoa afetada pelo problema é o auxiliar de expedição Cristiano Ferreira, 39 anos.
Ele afirma que a buraqueira é motivo de várias idas ao mecânico e que moradores solicitaram obras de resgate do asfalto — o que não foi solucionado.
Prefeitura não tem previsão de obras
O titular da Secretaria de Obras e Viação (Smov), Liberto Mentz, afirmou que uma licitação para tapa-buracos está na fase de análise das quatro empresas habilitadas para o serviço. Segundo o secretário, o setor de compras avalia as documentações e os valores das empreiteiras.
Questionado sobre a previsão para o início das obras, o secretário diz que pode demorar:
— O problema é que essas empresas podem recorrer, aí o prazo se estende. Caso nenhuma recorra, em 15 a 20 dias, já estamos começando. Mas, infelizmente, não é assim que acontece.
Conforme o secretário Liberto, a prioridade das obras são as ruas com maior movimento, como a Rua dos Gaviões e a Avenida Elmira Pereira Silveira.
— Além do Jardim Algarve, temos mais ruas da cidade que precisamos tapar buracos. No total são 180 quilômetros de pavimento — afirma o secretário.
Sobre os buracos da Rua Hermínio Rodrigues Machado, local do acidente, Liberto garante a colocação de “brita base”:
— Quando o tempo firmar, vamos até lá para colocar a brita. Não dá para colocar com esse tempo, pois a água leva embora.
Produção: Caroline Tidra