Seu Problema é Nosso
Lixo descartado próximo ao muro de escola preocupa diretor, em Porto Alegre
Segundo a prefeitura, na rua da lateral do Colégio Estadual Cândido José de Godói é um foco crônico de lixo originado pelo descarte irregular de rejeitos
Há quatro anos, zelar pelos 570 alunos do Colégio Estadual Cândido José de Godói é papel do diretor Mário Antônio Silva, 51 anos. Entretanto, além da gestão escolar, ele, agora, também se preocupa com o lixo descartado na lateral do muro da instituição, na Rua Santos Dumont, bairro Navegantes, em Porto Alegre.
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Segundo Mário, o local onde ocorre o descarte de dejetos fica ao lado do espaço interno da escola destinado para aulas de Educação Física:
— A rua não tem tanto movimento, então, são deixados lixos em sacolas, caliças, podas de árvores, bichos-mortos. E tudo isso gera mau cheiro e insetos — relata o diretor.
Solicitações
Segundo ele, o problema do local é “crônico”, desde outras gestões da escola:
— Já conversei com os vizinhos, e todos tem a mesma indagação. Ninguém sabe de onde vem tanto lixo.
Na função de diretor, Mário busca soluções entrando em contato com serviços de órgãos públicos. Além disso, tenta manter o bom relacionamento com a comunidade. Por isso, com frequência, ele relata o acúmulo de lixo na rua por meio do telefone 156:
— A última solicitação provavelmente foi atendida pela equipe da prefeitura, mas, no outro dia, está assim de novo: cheio de lixo. Mesmo que eu peça seguidamente para limparem, é demorado o atendimento do protocolo. Isso cria outros problemas, como (moradores de rua) atearem fogo nos rejeitos, podendo comprometer a estrutura do muro.
"É um foco crônico de lixo", afirma prefeitura
A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb), por meio do DMLU, afirma que “o local é um foco crônico de lixo originado pelo descarte irregular de rejeitos por catadores”. Em função disso, o DMLU tem aquele endereço no cronograma de atendimento de focos com limpeza de segunda a sexta- feira, a partir das 17h.
A Seção Norte do DMLU é quem faz o serviço, conforme a prefeitura. No entanto, o diretor Mário, do colégio Godói, contesta a afirmação da SMSUrb. Ele diz que não consegue acreditar no recolhimento diário do lixo, “pois é grande o volume que fica acumulado”.
Questionada sobre o prazo de atendimento aos protocolos, a SMSUrb explica que “demandas do serviço 156 referentes a limpeza de focos de lixo e descarte irregular têm um prazo de uma semana para atendimento”.
Produção: Caroline Tidra