Seu Problema é Nosso
Ponte danificada preocupa moradores dos bairros Fátima e Mato Grande, em Canoas
Além de muretas e pavimento precários, há pouco espaço para pedestres atravessarem no local
Quem cruza diariamente a ponte que divide os bairros Fátima e Mato Grande, em Canoas, pode notar os problemas do trecho: a mureta de concreto está quebrada e o asfalto, danificado. A ponte faz parte da Avenida Engenheiro Irineu de Carvalho Braga e tem cerca de sete metros de comprimento.
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O técnico em Segurança do Trabalho, Luis Almeida, 33 anos, é morador do bairro Mato Grande e usa a ponte como caminho para ir até o trabalho:
— Todos os dias vejo carros passando e quase derrubando as crianças que também acessam o bairro por ali. A ponte é estreita e a calçada para os pedestres é um espaço pequeno com a proteção quebrada. Então, qualquer um pode cair.
Além do pouco espaço, Luis destaca que veículos pesados passam por ali.
— Quando um caminhão está vindo, os motoristas têm que esperar a travessia. Existem empresas de grande porte com caminhões que vão e vêm. A ponte não suporta passar dois veículos largos ao mesmo tempo. É um transtorno — explica o técnico.
Segurança
Em 2015, a ponte chegou a ser interditada devido a um desmoronamento ocasionado por chuva.
Conhecedor das normas de segurança e prevenção de acidentes, Luis preocupa-se com as condições da estrutura:
— Os bairros cresceram muito nos últimos anos e aumentou a circulação pelo local. Até colocaram umas escoras de madeira, mas não sei qual a função delas ali. Minha atividade no trabalho é prever acidentes, e a situação da ponte precisa de atenção da prefeitura, antes de acontecer alguma coisa.
Segundo ele, a alternativa para cruzar os bairros aumenta em cerca de seis quilômetros o trajeto.
Nova estrutura está prevista
A Secretaria Municipal de Obras (SMO) de Canoas afirma que possui um projeto de implantação de uma nova ponte no local. Em nota, a pasta comunicou que “embora não existem muitas moradias na região nem muito fluxo de pedestres, a SMO está atenta à situação e estudando providências emergenciais, enquanto a nova ponte não é construída”.
Questionada sobre as escoras de madeira, a secretaria esclareceu que os apoios foram colocados “para proteger as encostas do Arroio Araçá, não têm relação com a estrutura da ponte”.
Em relação aos prazos para reparos na mureta de proteção e quando será feita a nova ponte, a SMO informou que está estudando as providências e que será em breve, mas não há como garantir uma data.
Produção: Caroline Tidra