Após meses de atividades, um grupo de meninas que participa da 5ª edição do Baile dos Sonhos, promovido pela Associação Comercial e Industrial de Serviços de Esteio (Acise), com o apoio da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), e da Universidade Feevale, concretizou mais uma etapa do projeto.

Em um desfile de moda, as garotas apresentaram roupas criadas por elas, desenvolvidas durante o curso de corte, costura e reparos no vestuário oferecido pela Feevale. As aulas integram o projeto social Alinhavando Oportunidades, que capacita pessoas e promove o conhecimento relacionado às técnicas, com objetivo de prepará-las para profissão de costureira ou trabalhos relacionados à área em indústrias de confecção do vestuário.

— Eu já fazia os desenhos das minhas próprias roupas antes, com o curso pude aprender muito mais. Além disso, com todas as outras atividades eu perdi a timidez, me sinto mais livre — conta a estudante Thaís Nicoly Rodrigues, 15 anos, que tem o sonho de ter a própria marca de roupas.

Desenvolvimento

O Baile dos Sonhos faz parte de um trabalho social criado por empresários da cidade como forma de oportunizar conhecimento, lazer e oficinas a meninas em situação de vulnerabilidade social. Para participar, a entidade abriu uma inscrição para todas as escolas públicas de Esteio, onde as alunas deveriam descrever um sonho. Com base nos relatos, 15 delas foram escolhidas para dar continuidade às outras etapas. 

— O que a gente tenta é possibilitar um mundo diferente para elas, algo fora da realidade em que vivem — disse a vice-presidente de responsabilidade social da Acise, Alessandra Favero.

Para serem mantidas no projeto, elas devem participar de ações sociais, ter comprometimento, assiduidade, bom comportamento, seriedade e bom empenho escolar. Após encontros quinzenais ao longo de todo ano, o projeto culmina na realização do Baile dos Sonhos, uma festa de 15 anos completa, que neste ano, será realizada no dia 8 de novembro, no Sun7 Premium.

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— A associação procura envolver todo o empresariado, fazendo o que a gente pode para ajudar a quem precisa. O pouco que se faz, significa muito para elas. E mesmo após o fim do projeto, cada empresário apadrinha uma das meninas e pode seguir acompanhando-a em outras etapas — explica o presidente da associação, Longuinho Muzykant. 

Após o baile, as meninas também ganham uma revista com um book fotográfico e um quadro.

Superando os próprios medos

Para a diretora de educação da associação, Gabriela Klein, o baile é o grande objetivo das meninas, mas para os empresários é a possibilidade de vê-las criando uma postura mais crítica sobre a vida. 

— Existe uma distância do que a gente encontra no início do projeto até chegar ao fim dele. Conseguimos ver os resultados positivos, como uma posição delas contra a drogadição, contra a gravidez precoce, de novas perspectivas de trabalho — destaca.

Para as participantes é a chance de viver novas experiências, adquirir conhecimento e, até mesmo, de superar dificuldades pessoais.

— Esse projeto me proporcionou muitas oportunidades. Eu tinha depressão e ele me ajudou inclusive a enfrentar isso — descreve a participante Aline Letícia da Silva, de 15 anos.

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