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MC Jean Paul celebra seu crescimento junto com o jornal: "Comecei a ser reconhecido quando saí em reportagens do Diário"

Artista participou de diversas festas do DG e da Rádio Farroupilha, eventos concorridos no início dos anos 2000

17/04/2020 - 14h24min

Atualizada em: 17/04/2020 - 14h26min


Lis Aline Silveira
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Omar Freitas / Agencia RBS
Funkeiro tem guardados, em sua casa, exemplares nos quais apareceu, ao longo dos anos

Quando MC Jean Paul, no início dos anos 2000, deu os primeiros passos de sua carreira como funkeiro, foi no Diário Gaúcho que encontrou a visibilidade que buscava.

— As nossas histórias se confundem. A rádio me deu a voz e o DG, me deu a imagem. Comecei a ser reconhecido nas ruas quando saí em reportagens do Diário — relata Jean Paul.

Do início como DJ, ainda na adolescência, ficou a gratidão ao radialista Arlindo Sassi, que lhe deu as primeiras oportunidades. Foi na extinta Átrio Capitão 7, casa noturna na Avenida João Pessoa, precursora da Capital a tocar o funk carioca, que o músico venceu a timidez e dominou o microfone pela primeira vez.

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O início foi difícil. O público gaúcho, mais conservador, não via com bons olhos o funk. Mas as canções de MC Jean Paul, com um toque mais romântico e bem menos “proibidão”, quebraram barreiras. Músicas como Meu Primeiro Amor, seu primeiro sucesso, ajudaram a firmar seu estilo, que agrada a pessoas de diversas idades e classes sociais – é bem comum que, em um mesmo final de semana, ele participe de uma festa em uma comunidade e faça show em um casamento ou 15 anos chiquérrimo.

Uma prova do sucesso foram as diversas festas de aniversário do Diário Gaúcho e da Rádio Farroupilha, muito populares nos anos 2000. Com atrações locais e mesmo nacionais, era comum que o último artista da festa fosse MC Jean Paul, uma manobra para segurar o público até o final. Quando entrava no palco, era uma verdadeira histeria coletiva entre o público, formado, em grande parte, por fãs do funkeiro.

Marcelo Oliveira / Agencia RBS
Uma das festas da Rádio Farroupilha das quais Jean Paul participou, em 2005

Com carinho, ele mostra pastas organizadas com matérias suas no DG. Destaca os shows, as reportagens de perfil, marcando grandes momentos de sua carreira, e mesmo as promoções do jornal, como quando um grupo de meninas ganhou uma festa de 15 anos com a participação de Jean Paul.  

Em evidência

Em 18 anos de carreira, Jean Paul consegue a façanha de manter-se em evidência em seu meio, com uma agenda que, antes da pandemia do coronavírus, era de em torno de 20 shows por mês. No dia em que recebeu a reportagem do DG, ele lamentava o fato de que, pela primeira vez em 11 anos ininterruptos, sem falhar uma só semana, não faria show em Novo Hamburgo, no projeto Quinta Loka.

— Pela primeira vez, em 18 anos, estou em férias, embora forçadas — lamentava.

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Omar Freitas / Agencia RBS
O carinho pelo jornal é imenso, e o DG retribui: Obrigado, Jean Paul!

De origem japonesa e budista – a entrevista ocorreu em uma sala de orações que ele mantém em sua casa – Jean enumera com seriedade os motivos para uma carreira consistente.

— Em primeiro lugar, a família, que me deu um senso de união e responsabilidade. Depois, o fato de eu ter um propósito em tudo o que faço. O artista tem a missão de iluminar as profundezas da vida humana. Em terceiro lugar, o trabalho social no terceiro setor (visitas a hospitais, shows beneficentes, festas em comunidades).


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