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Momento histórico

Enfermeira é a primeira a receber dose de vacina aprovada pela Anvisa

Mônica Calazans, 54 anos, moradora de Itaquera, tem perfil de alto risco para complicações da covid-19: ela é obesa, hipertensa e diabética

17/01/2021 - 20h11min


Marcelo Gonzatto
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Estadão Conteúdo
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Gilberto Amendola, Gonçalo Junior e Giovana Girardi
Nelson Almeida / AFP
Mônica recebeu a vacina no Hospital das Clínicas de São Paulo

Às 15h30min deste domingo (17), após 11 meses e cerca de 210 mil vítimas desde o início da pandemia de coronavírus no país, uma enfermeira de São Paulo foi a primeira pessoa a ser vacinada contra a covid-19 no Brasil. 

O ato foi realizado no Centro de Convenções do Hospital das Clínicas minutos depois de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concordar com o uso emergencial de 6 milhões de doses da CoronaVac e 2 milhões da vacina de Oxford.

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Em tese, o início da imunização deve aguardar publicação no Diário Oficial da União de um termo do compromisso em que o Instituto Butantan se compromete a fornecer dados mais detalhados sobre o produto à Anvisa — como isso ocorrerá por via eletrônica, espera-se que ocorra nas próximas horas. Os primeiros lotes do imunizante de Oxford ainda não têm prazo para chegar da Índia.

Segundo o governo de São Paulo, a enfermeira Mônica Calazans, 54 anos, recebeu a dose antes disso porque foi voluntária durante a fase de ensaio clínico, quando havia recebido um placebo. Todos os voluntários que receberam o placebo terão direito, conforme o governo paulista, a se proteger com o imunizante de fato.

Mônica foi cumprimentada pelo governador de São Paulo, João Dória, antes de sentar em uma cadeira e receber, sob o foco de câmeras fotográficas e de emissoras de TV, a primeira aplicação no país após liberação de uso em caráter de urgência. Logo depois da injeção, bastante emocionada, sorriu e acenou. 

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Ela trabalha como enfermeira na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo. Do grupo de risco para o coronavírus, ela é obesa, hipertensa e diabética. Ainda assim, trabalha na linha de frente do combate ao vírus. Viúva, mora em Itaquera, na zona leste de São Paulo, com um filho de 30 anos.


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