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RS tem mais 11 mortes por dengue, e total de vítimas chega a 26 neste ano

É o maior número já registrado de casos e óbitos no Estado em um único ano

12/05/2022 - 21h34min


GZH

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirmou a ocorrência de mais 11 óbitos por dengue no Rio Grande do Sul, neste ano. Já são 26 mortes causadas pela doença. Foram confirmados mais de 21 mil casos ocorridos dentro do Estado (chamados de autóctones). É o maior número já registrado de casos e óbitos no Rio Grande do Sul em um único ano.

Conforme dados disponíveis no site de Monitoramento de Arboviroses no RS, em 2021, o Estado registrou 11 mortes pela doença. Em 2020, foram seis. Já em 2019, 2018 e 2017 não houve óbitos.

A SES decretou em abril alerta máximo contra a doença no Rio Grande do Sul. A prevenção deve ser feita eliminando locais com água parada, onde o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, se reproduz.

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Das 26 mortes confirmadas neste ano, 19 foram em pessoas com 70 anos ou mais. As faixas dos 50 aos 59 anos, 40 aos 49 e 30 aos 39 anos tiveram dois óbitos cada. Também houve um registro na faixa dos 10 aos 14 anos.

Entre as cidades onde ocorreram os óbitos, cinco tiveram a primeira morte pela dengue neste ano: Erechim, Estância Velha, Nova Hartz, Novo Machado e Porto Alegre. Os outros casos foram em municípios com alguma ocorrência em 2022: Cachoeira do Sul, Horizontina, Igrejinha (três novos óbitos) e Novo Hamburgo.

Saiba mais sobre a dengue:

  • Doença febril aguda, que pode apresentar um amplo espectro clínico: enquanto a maioria dos pacientes se recupera após evolução clínica leve e autolimitada, uma pequena parte progride para doença grave.
  • A primeira manifestação é a febre alta (maior que 38°C), de início abrupto, que geralmente dura de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, e manchas vermelhas na pele. Também podem acontecer erupções e coceira na pele.
  • Os sinais de alarme são assim chamados por sinalizarem o extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar o paciente a choque grave e óbito. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.
  • Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.  

 Confira medidas para evitar a proliferação dos mosquitos:

  • Verifique os vasos de plantas, retirando os pratinhos. Passe esponja para limpar os ovos que ficaram aderidos e podem sobreviver até 400 dias sem contato com a água;
  • Bromélias e outras plantas podem acumular água. Nas plantas no solo, dê um jato de água nas folhas para remover larvas que tenham se desenvolvido no encaixe das folhas; 
  • Veja se tem materiais em uso e que possam acumular ou estejam com água, como baldes, potes e garrafas. Caso identifique, é importante secar, tampar ou colocar em local coberto; 
  • Caixas d'água, tonéis ou recipientes para armazenamento de água da chuva devem ser mantidos tampados e sem frestas — ou, então, colocar tela milimétrica (usada em mosquiteiros); 
  • Materiais que podem ser descartados, como latinhas, embalagens plásticas, vidros e garrafas PET devem ser recolhidos e colocados em um saco plástico para a coleta seletiva de lixo; 
  • Verifique se a calha está desimpedida, removendo folhas e outros materiais que possam impedir o escoamento adequado da água; 
  • Inspecione os ralos. Se mesmo em dias secos estiverem com água, deve-se colocar tela milimétrica ou, semanalmente, acrescentar água sanitária no ralo para matar as larvas; 
  • Piscinas plásticas pequenas devem ser periodicamente esvaziadas ou tratadas com cloro; 
  • Piscinas fixas devem ser limpas uma vez por semana e tratadas com cloro sempre; 
  • Pneus devem ser mantidos em locais cobertos ou fazer furos grandes para escoamento da água, caso os utilize na área externa; 
  • Banheiros externos e áreas sem uso devem ser mantidos com vasos sanitários tampados e com tela milimétrica nos ralos; 
  • Pessoas contaminadas com a dengue devem se proteger com repelentes e utilizar roupas compridas, para evitar que os mosquitos as piquem.

As cidades e o número de óbitos por dengue no RS em 2022:

Boa Vista do Buricá: 1
Cachoeira do Sul: 2
Chapada: 1
Cristal do Sul: 1
Dois Irmãos: 1
Erechim: 1
Estância Velha: 1
Horizontina: 3
Igrejinha: 4
Jaboticaba: 2
Lajeado: 1
Nova Hartz: 1
Novo Hamburgo: 3
Novo Machado: 1
Porto Alegre: 1
Rondinha: 1
Sapucaia do Sul: 1


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