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Solidariedade

Tia Lolô precisa de doações para manter trabalho comunitário; saiba como ajudar

Voluntária perdeu parceiros no período da pandemia ao mesmo tempo em que mais pessoas a procuram pedindo alimentos e roupas

14/07/2022 - 05h00min


Caroline Tidra
Caroline Tidra
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Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
Um pouco de arroz, um pouco de feijão: Losângela lamenta escassez

Acolher e ajudar as pessoas não é algo que ficou mais fácil, mesmo após mais de 25 anos de trabalho comunitário. Conforme Losângela Ferreira Soares, a Tia Lolô, 56 anos, a associação que leva o seu nome, no bairro Orieta, em Viamão, está passando por dificuldades financeiras e, além da falta de recursos, faltam alimentos, leite e agasalhos. 

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Mesmo com o arrefecimento da pandemia e a volta à normalidade dos serviços, as doações não retornaram ao mesmo patamar de antes. 

– Hoje, depois da pandemia, a dificuldade da associação ainda é muito grande. Mesmo recebendo algumas doações, o ritmo está muito fraco e as despesas são muitas, pois preciso de fraldas para bebê, leite especial, leite normal, alimentos – cita Lolô. 

Outro fator levantado pela voluntária é sobre o número de apoiadores da associação que perderam a vida no período mais grave da pandemia. 

– Antes da pandemia, eu conseguia alimentar e sustentar as crianças. Pelas contas que fizemos aqui, pelo menos 15 pessoas que ajudavam morreram. Então, é menos 15 leites, menos 15 pacotes de arroz, menos roupas sendo doadas – lamenta. 

Atualmente, conforme Lolô, cerca de 250 crianças e adolescentes frequentam a associação, entre as que são cadastradas no projeto e as que vão para receber doações.

Brechó

Uma das fontes renda para manter a associação vem de um brechó. Porém, com a entrada do inverno, Lolô ficou com poucas peças para vender. 

– Preciso de roupas de frio para colocar no brechó. As roupas que estavam para vender, doei para pessoas que estavam precisando e que me pediam ajuda – relata. 

A história da associação – iniciada na carcaça de um ônibus inutilizado – foi contada no quadro Um por Todos, Todos por Um, do Caldeirão do Huck, em 2019. Após a visita do apresentador Luciano Huck, o espaço antigo, onde fica o ônibus, foi reformado, e também foi construída a Estação Tia Lolô.

Entretanto, a voluntária ressalta que o programa proporcionou toda a nova infraestrutura, mas não o custeio da associação, que continua dependendo das doações. Com reconhecimento nacional que o projeto social ganhou, ela conta que mais pessoas começaram a procurar a associação em busca de ajuda e, em seguida, veio a pandemia, que afetou a chegada de mais apoiadores. 

Como ajudar

/// A associação precisa de alimentos, leites (líquido, em pó e especiais), roupas – principalmente agasalhos – e calçados. 

/// Tia Lolô aceita tampinhas de garrafa PET para transformar em recursos.

/// Doações podem ser entregues na instituição, na Rua Pedro Moreira Lobato, 490, Vila Orieta, Viamão.

/// O contato pode ser feito pelo telefone (51) 98537-8397.

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