A Campanha Nacional contra a Poliomielite e Multivacinação começou com baixo movimento em Porto Alegre na manhã desta segunda-feira (8). Vacinadores acreditam que a procura deve aumentar nos próximos dias, à medida em que a população for se informando a respeito do assunto. 

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Na Capital, o clima chuvoso também é considerado um obstáculo, segundo a enfermeira  Margery Bohrer Zanetello, responsável pela sala de vacinas da Unidade Básica de Saúde (UBS) Santa Cecília, onde foram aplicadas apenas três doses entre as 8h e as 11h. 

— A vacinação contra a pólio está baixa, e a nossa meta é atingir 95% do público. A doença é endêmica em países como o Afeganistão e o Paquistão, mas, com a circulação das pessoas, está aparecendo em outros lugares. É um retrocesso total. O que explica? Muitas pessoas nunca viram alguém com pólio, então parece que não existe mais. E tem também as fake news, que não era tão fortes em outros tempos — avalia Margery. 

Na Clínica da Família Moab Caldas, no bairro Santa Tereza, nenhum interessado havia procurado o local até as 9h30min.

— Demora uns dias para engrenar. Talvez na semana que vem ou a partir do Dia D — projeta a técnica em enfermagem  Graciele de Moura.   

O objetivo da mobilização é atualizar a caderneta do público não vacinado ou com esquema de doses incompleto. São 18 as vacinas do Calendário Nacional de Vacinação da Criança e do Adolescente. 

A vacinação contra a poliomielite, conhecida popularmente como paralisia infantil, é dirigida a crianças menores de cinco anos. Até um ano, o bebê recebe doses injetáveis (aos dois, quatro e seis meses). Entre um e cinco anos, são necessários os reforços, com duas gotinhas a cada vez.

Em Porto Alegre, 123 postos oferecem os imunizantes. A campanha segue até o dia 9 de setembro, e o Dia D de mobilização em todo o país está programado para o sábado 20 de agosto.

As vacinas pediátricas contra a covid-19 já podem ser administradas junto de qualquer outra, não é mais necessário aguardar o intervalo de duas semanas que era exigido até pouco tempo atrás. Ou seja, mães e pais que procurarem os postos já podem aproveitar esse mesmo deslocamento para que os filhos com idade a partir de três anos recebam também a vacina contra o coronavírus.