Bicharada
Projeto que cuida de colônia felina em Guaíba busca adotantes
Iniciativa funciona há sete anos, cuidando, alimentando e resgatando gatos que foram abandonados em terreno baldio da cidade
A relação do borracheiro Osvaldo da Silva Coelho, 64 anos, com os gatos (veja mais detalhes nesta matéria) começou há sete anos. Em um terreno baldio perto de sua borracharia, no interior de Guaíba, ele percebeu a presença de alguns felinos entre as árvores e arbustos. Surpreso e com pena dos animais que estavam abandonados no local, aos poucos foi se aproximando, oferecendo comida e água – tarefas difíceis, porque os bichos eram ariscos.
Abandonados à própria sorte, os gatos foram procriando e tornando aquele terreno uma colônia felina. Com o tempo, apesar dos esforços do borracheiro em cuidar dos animais e tentar adoções, o número de gatos chegou a quase 200. Muitas pessoas de Guaíba usavam o local para abandonar animais. Osvaldo já não conseguia mais custear sozinho todos os cuidados que a colônia demandava: alimentação, castração e atendimentos emergenciais veterinários.
Foi quando cerca de 20 voluntários souberam da história e decidiram ajudar. Uma dessas pessoas foi a fotógrafa Katherine Scaranto Ribas, 31 anos, que criou o perfil no Instagram @sosgatosdacolonia para pedir doações para os animais, e que também procurou o Diário Gaúcho para contar sobre o projeto.
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Trabalho
Desde a última matéria do DG sobre o assunto, muita coisa mudou. Com o principal articulador do projeto afastado para cuidar da saúde, os quase 20 voluntários assumiram maior protagonismo e responsabilidade. Além disso, para preservar Osvaldo, dois vizinhos próximos à borracharia e ao terreno em que fica a colônia de felinos, passaram a realizar o trabalho de levar diariamente comida e água para os animais. Mutirões de limpeza do terreno são feitos a cada 15 dias.
– Nos mutirões, a gente consegue trazer as casinhas dos gatos mais para a frente do terreno, porque o número está diminuindo. Temos cerca de 70 animais atualmente na colônia. Conseguimos muitas adoções, e o restante está em lares temporários – conta Katherine.
Com a colônia diminuindo, o maior objetivo dos voluntários é não deixá-la crescer novamente. Todos os animais resgatados são encaminhados para uma clínica veterinária para exames e castração. Em seguida, os felinos são enviados para lares temporários para se recuperarem e serem divulgados na internet para possíveis adoções.
– Precisamos de adotantes e lares temporários para continuarmos o trabalho. A ajuda financeira segue sendo de extrema importância para a compra de ração e para os encaminhamentos veterinários. Mas, para resolvermos o problema em definitivo, precisamos de interessados em adotar – afirma Katherine.
Como ajudar
/// Ofertas de alimentos, remédios, castrações gratuitas e lares temporários para o período pós-operatório dos animais são bem-vindas para o projeto.
/// Doações financeiras podem ser feitas pelo Pix sosgatosdacolonia@gmail.com.br.
/// Adote gatinhos da colônia pelo formulário bit.ly/adotedacolonia.
/// Mais informações sobre o projeto pelo telefone (51) 99670-4834 ou pelo Instagram @sosgatosdacolonia.
Produção: Júlia Ozorio